Falta de chuva faz prefeito de Herval decretar situação de emergência



O prejuízo afetou principalmente a cultura do milho, bovinocultura de leite e de corte e culturas de soja, abóbora e feijão, girando em torno de R$ 18 milhões

Os impactos negativos causados na agricultura devido à falta de chuva fizeram com que o prefeito Ildo Sallabery decretasse situação de emergência na área rural de Herval.

Os aspectos considerados foram os efeitos gerados pela estiagem na safra agrícola de verão em razão da estiagem que o município sofre há mais de 60 dias. “Fomos obrigados a decretar situação de emergência devido à continuidade da estiagem que atinge a zona rural do Município, ocasionando o agravamento nas perdas das atividades agrícolas e pecuárias que já tomam proporções elevadas”, justifica o prefeito Ildo.

De acordo com o secretário de Agropecuária e Desenvolvimento, Fernando Silveira, em algumas propriedades, o nível da água para o consumo animal chegou à zero. “A água já está faltando para os animais e a sua falta compromete toda produção leiteira”, ressaltou Denise Fernandes, auxiliar de escritório da Cooperativa Regional dos Assentados da Fronteira Oeste – Cooperforte, que recolhe leite em Herval.

Conforme o engenheiro agrônomo da Emater de Herval, André Kieling, “no mínimo 800 famílias sofrem a ação direta da estiagem no interior do município e isto é um problema social bastante grave para um município com sete mil habitantes”, informa André.

Em virtude de o município ter atingido os índices do Formulário de Informações de Desastre – FIDE da Defesa Civil, a própria entidade já disponibilizou uma pipa para armazenamento de 4,5 mil litros de água, adaptada a um caminhão conseguido através de parceria com a Cooperforte, para levar a água até os locais mais afetados. O secretário de Agropecuária e Desenvolvimento também está tentando contato com o Governo do Estado para conseguir máquinas que serão utilizadas na perfuração de poços artesianos.

A Comissão Municipal de Defesa Civil tem até o dia 27 de março para ter o reconhecimento do pedido de Situação de Emergência, após deve haver homologação do decreto pelo Governador do Estado e posteriormente da Secretaria Nacional de Defesa Civil. A partir daí os recursos destinados a Herval, serão distribuídos às pessoas afetadas, através da Secretaria de Assistência Social, que terá como base o cadastro já existente na mesma.

Confira a seguir as perdas calculadas através de levantamento de dados no campo e por entidades componentes da Comissão Municipal de Defesa Civil (COMDEC) na agricultura e pecuária do município:


* Milho – área cultivada 2.400 hectares para grãos e 200 hectares para silagem – perda de 70% representando R$ 1.881.600,00 (grãos) e 50% representando R$ 225 mil (silagem)

* Bovinocultura de leite – redução de 57,47% no volume mensal produzido – perda de R$ 128 mil, com diminuição total de receita de aproximadamente R$ 735 mil

*Abóbora – área cultivada 550 hectares – perda de 30% representando R$ 792 mil

* Soja – área cultivada 12 mil hectares, expectativa de produção era de 40 sacos por ha. – perda de R$ 10,080 milhões

* Bovinocultura de corte – redução de 5% na taxa de natalidade na próxima parição – perda de R$ 3,375 milhões em animais adultos que deixarão de ser comercializados

* Feijão – área cultivada 180 hectares – perda de 20% representando R$ 100,8 mil

TEXTO: jornalista Nívea Bilhalva de Oliveira
Publicado originalmente no site da prefeitura: www.herval.rs.gov.br

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