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A casa da minha infância

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A casa da minha infância ainda mora em mim e, talvez, eu nunca tenha deixado de morar dentro das suas paredes. Era uma casa muito engraçada, mal tinha teto, mas sobrava afeto. Era uma casa muito estranha, cheia de carências materiais, porém repleta de amparo, bons exemplos e coragem para seguir em frente e virar o jogo. Uma casa acolhedora onde não faltava colo e sexto sentido de mãe nem provimento e puxões de orelha de pai nem rusgas e brincadeiras de irmãos nem algazarra e carinho de bichos nem pé no chão e contato com a natureza. A casa da minha infância desabou, virou tapera. Eu também já desabei várias vezes nessa vida, mas para levantar, me pôr de pé novamente e começar tudo outra vez: mais consciente das minhas fraquezas, mais forte, mais grato por todas as bençãos, mais aberto ao novo, mais agarrado nas minhas raízes - como a velha casa da minha infância, que me segue como uma sombra ou como uma senha que me permite sempre acessar novos espaços!

Herval que anda na frente!

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Sempre que compararmos algo ou alguma coisa com o cenário ideal existente na nossa imaginação, o resultado será insuficiente ou insatisfatório. A única comparação correta é aquela que mede algo ou alguma coisa em relação a ela mesma no tempo pretérito. Isso vale para a nossa vida e também serve para analisar o desempenho de uma administração pública. Por isso, quem busca ser justo e honesto ao avaliar a gestão municipal em curso, terá que ponderar não aquilo que acredita ser o melhor dos mundos, mas a realidade histórica do nosso município, a quantas andava Herval em 1° de janeiro de 2021 e todos os avanços construídos ao longo dessa caminhada. O governo liderado pelo prefeito Ildo Sallaberry assumiu em meio a vários picos de uma Pandemia que paralisou o mundo, foi agravada pelo negacionismo e gerou sérios efeitos em termos sanitários e econômicos. Nesse período, a saúde pública foi colocada à prova, teve que lidar com o medo da população e dos próprios profissionais da área e, muitas

Seguindo sempre pelo bom caminho!

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Um assunto que anda dominando a pauta de debates, é a conservação das estradas rurais do nosso município. Sempre afirmei que numa democracia as pessoas possuem o direito legítimo de se manifestar (embora a recíproca não seja verdadeira e se tente calar ou desqualificar as vozes do governo). Sempre disse também que é preciso saber separar a reclamação legítima da comunidade, daquela motivada unicamente por interesses partidários de gente que adora ver o "circo pegar fogo", muitas vezes, em problemas inventados ou amplificados para parecer maiores do que realmente são. Desde o início, a administração municipal teve na conservação das nossas estradas rurais um de seus principais gargalos e desafios, porém esforço e trabalho nunca faltaram. Sim, quando se fala nas nossas estradas, existem inúmeros problemas reais e verdadeiros. Nunca escondemos que, muitas vezes, faltou pernas para dar conta de tudo, no ritmo ou com o alcance necessário. Entretanto, não se pode ser cruel ao ponto

Pobre do menino pobre de espírito e rico na arte de enganar

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  Era uma vez, num lugar tão tão distante chamado Cordilheira do Baú, um menino pobre que sonhava em ser prefeito da sua cidade. Menino pobre que de pobre só tinha o discurso, pois ele até declarou possuir um patrimônio polpudo, embora a origem desse patrimônio fosse duvidosa ou amealhada por meios escusos e inconfessáveis. A ganância do menino pobre apenas na conversa fiada não tinha limites. Tudo que ele ambicionava era poder e obter novas fontes para engordar o seu bolso. Ah, mas ele falava o tempo inteiro nas agruras dos pobres e alardeava conhecer o caminho para promover a prosperidade geral na cidade tão tão distante! Papo para inglês vê e um truque ilusionista para conquistar súditos e bobos da corte e soldados para defender o projeto de poder pessoal e intransferível do menino pobre que, na verdade, era endinheirado e possuía um rei na barriga. Uma mera peça de propaganda e obra de ficção para sensibilizar os incautos na sua caçada sem escrúpulos por votos e ascensão social, af

Herval rumo aos 200 anos e a um novo ciclo de avanços

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Herval possui outras datas marcantes, a exemplo da instalação do acampamento militar Português que deu origem ao município, porém o 18 de janeiro que marca a elevação à Freguesia, é considerada a data máxima da Sentinela da Fronteira. Chegamos aos 199 anos conectados em nossas raízes e com os braços abertos para o futuro; valorizando nossa história, mas antes de tudo sujeitos da própria história. Herval se aproxima dos 200 anos, cada vez mais de cara nova e com a alma guerreira, a simplicidade e a generosidade que estão no DNA da nossa gente e caracterizam a trajetória da nossa terra.  Herval sou eu, tu, todos nós. Herval sempre será aquilo que fizermos dele. Por isso, é tão importante continuarmos caminhando de mãos dadas e entregar o nosso melhor em prol do melhor para o município que nos oferece um lugar no mundo e forma a nossa identidade. Herval nunca será uma Pelotas, Bagé, São Borja, Porto Alegre, Florianópolis ou qualquer outra cidade ou território. Da mesma forma, os lugares q

Um ano de sucesso e vontade de fazer ainda mais!

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  O ano de 2023 ainda não acabou, porém a essa altura de dezembro, já podemos falar em tom de retrospectiva. Sobre a administração municipal, digo que o saldo é altamente positivo e aquilo que a população mais espera de uma gestão pública, que são novos investimentos em obras estruturantes e na qualificação dos serviços essenciais com equilíbrio das contas públicas, não faltou e os exemplos estão por todos os lados. Por mais um ano, seguimos como referência para as demais administrações públicas desse imenso Brasil e com a serenidade de quem sabe que ainda temos um longo caminho pela frente. Depois de feito o difícil parece fácil e, ao alardearmos um resultado positivo, não falta quem fale que não se fez mais que cumprir uma obrigação ou que tudo caiu do céu. Acontece que nem todos cumprem com as suas obrigações e, bem ao contrário de termos recebido alguma coisa de mão beijada, as melhorias alcançadas ao longo desse ano foram fruto de muito suor, um comando do mais alto nível, uma e

Comentário a respeito do vale-alimentação do funcionalismo

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  Em primeiro lugar, digo que mesmo não fazendo jus ao vale-alimentação pago pela administração municipal, estou entre aqueles que alimentavam a expectativa do anúncio de um percentual maior de reajuste desse benefício. Em segundo lugar, respeito o direito dos servidores de manifestar seu descontentamento, tendo em vista que o valor proposto pelo governo ficou abaixo não apenas das suas expectativas, mas das necessidades dos servidores municipais, cuja imensa maioria é bastante qualificada e dedicada à causa do nosso município. Entretanto, com a autoridade de quem acompanha a gestão pública local há vários anos e a responsabilidade de quem está “no outro lado do balcão”, tenho o dever de contextualizar melhor as coisas para não ficarmos apenas no descontentamento legítimo do funcionalismo e muito menos com a narrativa hipócrita e oportunista da oposição de que o gestor não paga um vale-alimentação mais digno simplesmente por falta de vontade política. Para quem não se recorda, o vale