Licença poética



Peço licença novamente para expor a vocês mais umas palavras simples e sutis, arrancadas do fundo do baú do meu ser:


Não me compreendes, por isso me castras, me prendes.
Me ardes e queima e excita, mas também me laceras e sufoca e vomita.

Amar só vale à pena quando sacia o corpo e não algema a alma.
Amar só vale à pena quando agiganta, e não apequena.
Quando convida a ser melhor, mais leve e elevado.
Quando internaliza e enternece e não nos condena como pecado.

Amor é amor quando não é mar de rosas.
Amor é amor quando sabe dividir penas e somar bonomias.
Quando não aprisiona nem tolhe ou oprime.
Quando a vida a dois não vira tribunal sem crime.

Nunca pedi mais do que compreensão e leveza e liberdade.
Tudo isso não para provar todos os corpos febris que me ardem.
Liberdade para percorrer e lapidar as pedras do meu próprio ser.
Leveza e compreensão para colher a palavra que me brota como dever.

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