Lições do professor Osmar



Há alguns meses, o amigo professor Chiquinho “incumbiu-me” da gratificante tarefa de garimpar alguns escritos do “sor Osmar Hences” para publicá-los num livro. Muito mais que homenagear o saudoso mestre, a intenção é sorver suas belas palavras e manter vivas suas magníficas lições.
Minha idéia (ideia agora se escreve sem acento) é juntar as lições do mestre com alguns dos seus muitos laços. Isto é, juntamente com os textos do Osmar o intuito é publicar os escritos sobre ele produzidos por pessoas influenciadas pelo seu pensamento e/ou tocadas pela sua infindável ternura. Penso que o livro poderia intitular-se Osmar (e) ternamente: laços e lições de um grande mestre...
Já andei conversando com algumas dessas pessoas, mas assim como eu, ninguém ainda se “coçou” para me entregar tal texto.
Minha intenção é honrar este compromisso muito caro para mim, mas por “n” razões ainda não pude me debruçar sobre este projeto. Mas logo, logo, estarei trabalhando a todo vapor para tirar este projeto do papel, ou melhor, para colocá-lo nele. Enquanto isso, compartilho com vocês algumas palavras escritas pelo “sor” em 2005:



(...) os meus motivos, que são poucos, mas que estão num fundo de campo onde se cultiva os princípios, as convicções. São frutos caros. Regados e colhidos por nós mesmos para o consumo interno. Não podem ir ao mercado. Colocá-los à venda, não seria apenas o fim dos partidos, mas dos homens e das mulheres. Se o esforço em manter estes frutos longe da mão (in) visível do mercado é defender uma causa impossível, bom, eu defendo uma causa impossível. Sei, mirando a solidão em que me encontro, que não há possibilidade de vitória. O mercado é forte e a fila dos que diante dele tombam não acabará em mim. Se esta postura se inscreve entre as posturas críticas, revolucionárias ou idealistas não serei eu a dizer.
No campo das pretensões éticas creio que nunca foi exagero querê-la em toda sua plenitude, em toda sua extensão. Sinto que não consigo percorrê-la, não por que me falte pernas ou vontade, mas por que, embora o espírito almeje, o corpo às vezes fracassa. Acho que os tempos em que vivemos, de palavras protegidas por habeas corpus, confirmam minha desconfiança de que não seria de todo mau desejar a ética em toda sua profundidade e extensão, com todas as forças de nosso espírito fraco. Claro, estou advertido de que sempre haverá, transgressões éticas, no entanto, estes desvios ou digressões da ética, não podem, por ser inevitável, transformar-se num modo ético de ser. (Osmar Hences)

Comentários

Milene Lopes disse…
Toninho eu também tenho alguma contribuição para o teu trabalho, tenho recordações que não te dou, mas empresto para usá-las. Falo contigo pessoalmente, há tempos quero te mostrar, Milene Lopes.
Toninho Veleda disse…
Que boa notícia me trazes. Vô ficar no aguardo ansioso. Bejo grande!!!

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