Licença poética



Peço licença uma vez mais para entregar-lhes novas palavras simples e sutis, arrancadas do fundo do baú do meu ser...


Depois de tantos desencontros, fugas, engodos, desenganos, farsas, carinhos sustados, truques forçados ou manjados de sedução, verdades que enganam, decepções, turbilhões, turbinas desligadas, palavras vazias, turbulências, amarguras, ilusões perdidas, trapaças...


Depois de tanto me afogar em afagos fingidos ou tacanhos; amores amargos, estranhos, secretos ou roubados; monólogos ou solidão a dois; pessoas escondidas num fundo falso; sentimentos sem sentido ou só pela metade; perdas de tempo e do compasso...


Quero só paz, olho no olho, mãos dadas, mel, pôr tudo para fora, seres explícitos, imagens que retratem a vida real ou como ela é de fato.


Quero calmaria, mar calmo e amar loucamente, entrelaçamento, desejo que não acaba com o orgasmo, amor que more em mim, morar num amor que conduza ao melhor que posso ser.


Quero, enfim, que minha alma aflita finalmente encontre onde pousar, dar asas ao coração, repousar, fazer ninho num amor intenso, imenso e sem fim.

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