E o amigo-mestre se fez morada...





Só és lembrado em duas datas, aniversariamente:
Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste;
Mais nada, mais nada, absolutamente mais nada.
Duas vezes no ano pensam em ti.


(Álvaro de Campos, Poesia, 67, p. 305)


Contrariando o insuperável Fernando Pessoa, venho aqui rememorar outra figura insuperável. Falo do meu amigo e mestre Osmar Hences, isso porque no último dia 30 de abril completou mais um ano da sua partida para andares mais altos da vida...

E se digo que contrario Pessoa é porque o “Sor Osmar” é uma dessas pessoas lembradas não somente nas datas em que o grande poeta aponta após o que chamamos morte, mas em muitos momentos e por muitos que tanto aprenderem com seus passos e gestos.

Na verdade, Osmar continua vivo dentro, à frente e acima de cada um de nós. Mais até: penso que ele segue presente em todos e todas que tiveram o privilégio da convivência com esta irradiante figura, não na forma de fantasma ou anjo da guarda, mas porque de tão importante que foi (e continua sendo), Osmar se tornou uma parte de nós mesmos.

Aquele abraço, meu amigo-mestre! Que a vida sempre te sorria e que tu sigas inundando a vida com a tua contagiante alegria; não importa em quê dimensão deste “mundão de meu Deus” estejas aportado. Afinal, “há muitas moradas na casa do meu Pai” e onde andares, tenhas a certeza de que permaneces bem apertado em nossos corações e nas nossas mentes iluminadas por tua luz. Uma luz feita para brilhar e acender a luz alheia, e nunca para ofuscar ninguém.

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