Nem só de pão viverá o homem


Todos sabem que sou adepto do Espiritismo Cristão. Doutrina codificada na França por Allan Kardec que alia religião, filosofia e ciência, tendo Deus enquanto bem absoluto e supremo Criador, e Cristo como caminho e companheiro da caminhada que nos liberta da carne e faz nosso espírito avançar na longínqua e interminável jornada evolutiva.

O Espiritismo não cultua nada exterior como símbolo de fé, não faz oferendas, não cobra dízimo ou ofertas, não possui santos, pastores, sacerdotes, enfim, não profissionaliza nem hierarquiza a fé... Para nós, espíritas, a fé deve ser vivida no verdadeiro sentido da palavra, isto é, no sentido de nos ligar e estar em comunhão íntima com Deus, sem atravessadores, sem usar o nome Divino em vão, sem mordidas no bolso. Ou como pede o evangelho: “Dai de graça o que de graça recebestes”!

Mas, ao contrário de algumas crenças fanatizadas, o Espiritismo não busca converter todos na fé espírita. O Espiritismo busca seu lugar na mente e coração das pessoas, mas principalmente que as pessoas deem lugar para a fé em seus corações e iluminem suas mentes através do amor ao próximo, pregado e exemplificado por Cristo: caminho, verdade e vida que conduz ao Criador porque viveu o que pregou, diferentemente de muitos falsos profetas que exploram a fé alheia para amealhar fortunas materiais e tem suas palavras contrariadas pelos seus atos.

Cristo pedia e ensinou que amássemos a Deus sobre todas as coisas e nosso próximo como a nós mesmos. Cristo, em sua passagem terrena, ao invés de condenar ou separar as pessoas entre puras e impuras, como fazem muitos que se acham melhores por carregarem a bíblia debaixo do braço ou ostentarem um símbolo de fé, foi ao encontro dos doentes do corpo e da alma, das prostitutas, dos mendigos, de homens e mulheres abandonados no mundo e negados na sua própria condição humana.

Cristo não pregou nenhum tipo de separatismo, de classificação ou de divisão entre os humanos. Cristo também não incentivou a religião como fonte de riqueza ou de exploração das pessoas. Ao contrário, Cristo amou radicalmente os diferentes e as diferenças e expulsou veementemente os vendilhões do Templo porque fé deve ser sinônimo de simplicidade e comunhão com Deus, e não comércio ou instrumento de poder.

Neste sentido, é que mesmo sem concordar com tudo e sem deixar de ser Espírita, saúdo muitos dos atos e palavras do Papa Francisco até aqui, enquanto algo saudável e digno do meu respeito e admiração Cristã, como revela a entrevista exclusiva exibida ontem pelo Programa Fantástico, da Rede Globo: http://www.youtube.com/watch?v=bCXMkCv_8us




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Todos contra o Herval que dá certo?

Responsabilidade com a saúde

Um ano de sucesso e vontade de fazer ainda mais!