Osmar segue vivo



Em 2009, por questões pessoais e políticas, cheguei a difícil decisão de me afastar temporariamente da agremiação partidária que sempre me escudou na luta política para ocupar uma função na administração municipal na área da Saúde. Na ocasião, lembro-me de ter sido bombardeado por adversários e muitos ditos afetos. A imensa maioria preferiu me torcer o nariz e/ou condenar sumariamente, sem direito à defesa ou contraditório, baseados em pontos de vistas mesquinhos e retrógrados.

Uma das poucas exceções foi Osmar Hences. Recordo que o “sor” Osmar – que aquela altura não residia mais em Herval –, ao saber do assunto, numa de suas vindas à terrinha, fez questão de me procurar para prestar solidariedade, me entregar um abraço caloroso e afirmar que amizades verdadeiras estão acima e além das escolhas de foro íntimo.

Quando a amizade é sincera não cabem julgamentos, por mais esdrúxula, absurda ou digna de contrariedade a escolha de outrem nos pareça. Também não cabe passar a mão por cima, quando o caso for de desvio ético. Amizade exige respeito às diferenças ou as opções alheias. Amizade pede que nos coloquemos no lugar do outro. Amizade prefere confortar e compreender, ao invés de aprisionar ou afastar alguém porque esse alguém decide trilhar um novo caminho, até porque há vários caminhos para chegar a um mesmo lugar e a escolha de um caminho diferente não significa deixar de falar a mesma língua ou perseguir o mesmo sonho.

Pois bem, esse gesto do Osmar me surgiu como mais um entre muitos exemplos do valor que ele dava às amizades, do seu respeito ao livre-arbítrio de todos os viventes e do seu compromisso de educar para além da sala de aula ou dos espaços educativos.

Enquanto a maioria preferiu o caminho mais fácil, Osmar optou pelo caminho mais difícil de respeitar mesmo discordando; de ouvir o outro lado da história, antes de condenar ao exílio da incompreensão; de ensinar o amor amando e de ser amigo estendendo a mão e mantendo abertas as portas do afeto, no lugar de proclamar o amor na palavra e na prática agir com desamor ou deletar todos que não se curvassem ao seu caminho, verdade ou jeito de viver a vida.

No último dia 30 transcorreu mais um ano da viagem do “sor” Osmar para o outro lado da vida. Rememoro essa passagem não apenas como lembrança, mas para dizer que o Osmar segue vivo em nossos corações e através dos seus incontáveis e imortais gestos de amor à vida e ao próximo.


Comentários

Unknown disse…


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