Licença poética



Peço licença novamente para entregar-lhes novas palavras simples e sutis, arrancadas do fundo do baú do meu ser... 


As palavras que ora escrevo podem ser minhas últimas palavras.
O presente contato deve ser meu último sinal de vida...

Estou farto de mim, de ti, de tudo!

Dei até o que eu não tive e recebi muitos não e nada em troca.
Ofereci meu melhor pedaço, mas não foi o suficiente para
conter tua a mania de fatiar-me em mil pedaços.

Abracei-te por inteiro, com perdas e ganhos, pros e contra.
O tanto que fiz, entretanto, foi pouco para matar tua sede
e saciar teus sonhos que sufocam e roubam meu espaço.

Estou abandonando o barco para não naufragar ainda mais na nau do amor!
Estou pulando fora de nós para não terminar desistindo de mim!


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