Licença poética





Peço licença uma vez mais para trazer à tona novas palavras simples e sutis, arrancadas do fundo do baú do meu ser e inspiradas na minha musa imaginária...



Caibo inteiro na caixinha de conceitos prévios que preparastes para mim.
Não me sobra um só espaço, um só pedaço.
Eu não sou a soma de erros e acertos a que dou vida. Que me dão vida. Absolutamente!

Sou as partes incontáveis em que me esfacelas e divides-me.
Sou o que me defines antecipada, superficial e apressadamente.
Nada mais. Não há o que eu possa tirar nem pôr.

Não sobra nada nem lugar nenhum para mim, para o meu verdadeiro e conturbado eu.
Quando tento escapar um só milímetro dessa caixa de pré-conceitos, de pré-julgamentos...
Sacas logo tuas armas, tuas algemas, te pões a tecer novas armadilhas para me aprisionar no oceano de tuas estouvadas emoções.

Um dia escapo definitivamente.
Um dia morremos ambos afogados nesse mar de amor que nos sufoca.
Um dia criamos asas e viajamos juntos pelos ares do amor que não acorrenta.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Todos contra o Herval que dá certo?

Responsabilidade com a saúde

Um ano de sucesso e vontade de fazer ainda mais!