A palavra é gente



O professor Osmar Hences tinha uma preocupação quase visceral com a cultura. Com a cultura não necessariamente em termos de erudição, mas enquanto capacidade criadora de um povo. Como aquilo que nos diferencia e, ao mesmo tempo, nos insere de forma única, soberana, no contexto cultural de todo o globo.
Segundo suas palavras, “cultura é o jeito de ser de um povo. Como ele fala, como se veste, como tempera sua comida, como enfeita sua casa, como recebe o estranho que chega. Neste sentido, não há povo sem cultura, como não há cultura sem povo”.
Uma de suas principais preocupações em relação à cultura foi sempre o resgate e a preservação da cultura linguística do nosso povo. Das expressões, palavras e ditos que traduzem e fazer luzir a nossa cultura.
Em razão disso, inauguro um novo espaço no blog do Toninho, voltado ao resgate/registro linguístico das falas que, se não são obrigatoriamente nascidas aqui, foram adotadas e calorosamente incorporadas ao falar deste chão. E o faço não como homenagem, mas como um modo de manter vivos os ensinos do “sor Osmar”, como também aquilo que é peculiar no nosso modo de dizer o mundo.
Para dar início a este espaço, vou compartilhar alguns escritos e, no mesmo instante, aproveitar o ensejo para pedir a vocês que me enviem coisas referentes ao tema proposto, de modo a ajudar-me no cumprimento desta tarefa:

- Frio de renguear cusco
- Se fazendo de leitão vesgo pra comê em dois cochos
- Pobre enquanto descansa carrega pedras
- Mais grosso do que dedão destroncado



(Contribua enviando expressões, ditos ou palavras para o email: toninhoveleda@yahoo.com.br)

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