Momento poético



Dia desses cismei que iria me dedicar a escrever poesia, como forma de oferecer um tratamento à convulsão do meu ser.
Na verdade, sempre me senti um poeta fracassado, com muita vontade e nenhum talento para a poesia.

Meu intento durou apenas alguns minutos.
Bastou dar de cara com uma poesia do magnífico Mario Quintana para perceber que ovelha não é para mato.
Definitivamente faço mais pela poesia como seu amante do que como poeta.
Até porque o Quintana, o Drummond e outros tantos gênios da poesia, já percorreram o mundo dos meus sentimentos com mais profundidade e beleza do que eu mesmo seria capaz de fazê-lo.
A mim só resta me deliciar com suas palavras e entoar o canto de Milton Nascimento: Certas canções que ouço/Cabem tão dentro de mim/Que perguntar carece/Como não fui eu que fiz?
Mas não vou me dar por vencido. Volta e meia pretendo deixar que “os grandes da poesia” falem por mim no meu blog. Além de lhes prestar uma singela homenagem, também terei a chance de mirar a mim mesmo no espelho das suas palavras.
E pra inaugurar este nosso momento poético, fiquemos com o monumental Mario Quintana:

Por favor, não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu…
Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.
Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei o perfeito amor.
Mário Quintana

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