Afaste de mim esse cale-se



Durante o tempo escuro da ditadura militar, o grande Chico Buarque brindou-nos com uma pérola da resistência intitulada “cálice”, na qual o jogo das palavras era usado para driblar a censura. Pois a censura continua pulsando no coração de muitos, mas felizmente hoje podemos ir direto ao ponto. Falo das manifestações caluniosas e dos impropérios desferidos contra mim por alguns vereadores em sessão realizada recentemente, cujo direito de me pronunciar em plenário para contrapor tais manifestações falaciosas acabou sendo negado na sessão seguinte, com a derrubada do requerimento que apresentei para este fim. Em face disso, utilizo este espaço para esclarecer o assunto.

Só para lembrar, requeri fazer uso da palavra para contraditar as manifestações do vereador Jackson que insinuou que eu assumia posições políticas conforme minha conveniência financeira; ao vereador Daniel, o qual fez a afirmação de que eu ocupava espaço gratuito no jornal e ainda recebia uma grana de alguém que supostamente lucraria politicamente com as opiniões que publico e, especialmente ao vereador Batista, que provocou toda essa celeuma ao apresentar proposição requerendo informação sobre os gastos com diárias e telefones de todos os servidores e vereadores ao longo deste ano.

Ocorre que antes de obter resposta, o vereador Batista apresentou dados supostamente do TCE, afirmando que eu havia percebido mais de R$ 4 mil em diárias somente até o mês de setembro de 2011, uma tremenda inverdade. E mais, disse ele que as diárias de todos os vereadores ou de todos os servidores somadas eram muito inferiores às diárias pagas a mim. Mais uma inverdade absurda.

Para que o leitor tenha uma ideia desta tática mofenta de fazer política, informo que percebi em diárias até o início de novembro (e não até setembro como afirmou Batista) o valor de R$ 3.832,12. Já a soma das diárias pagas a todos os vereadores (sem contar as diárias do presidente) também até o começo de novembro, alcançou a cifra de R$ 10.117,51, enquanto as diárias pagas aos demais funcionários (sem incluir os valores pagos ao motorista) somam R$ 8.685,09. Esta é a verdade dos números. Esta é verdade que alguns vereadores não querem ouvir, pois não tem nenhum compromisso com a verdade e com o livre embate entre as ideias, preferindo utilizar a calúnia, a desinformação e a censura como arma política.
 
Sobre a finalidade e os resultados das viagens que fiz em caráter oficial, tenho a informar que participei de um total de três cursos relacionados à gestão legislativa e ao processo licitatório, uma vez que integrava a Comissão de Licitação da Câmara. Quanto às viagens de cunho político, cito como exemplo as audiências com o secretário de agricultura do RS, na qual foi definida a contratação de servidora para a inspetoria veterinária local, assunto fortemente debatido pelos Edis. Também participei de audiências com a deputada Miriam Marroni, líder do governo na AL/RS, sendo que uma dessas conversas redundou no encontro conjunto de lideranças políticas de diversos municípios vizinhos com o secretário de infraestrutura e logística do RS, Beto Albuquerque, para demandar ligações asfalticas no só em Herval, mas na maioria dos municípios da nossa região.

Cito ainda a audiência na Secretaria de Obras e Desenvolvimento Urbano do estado, na qual foi solicitado o envio de retro escavadeira até o final da vigência do Decreto de Situação de Emergência decorrente dos efeitos da última estiagem, tendo em vista que a máquina enviada ao município foi levada antes de concluído este prazo. Lembro também das audiências com o vice-governador e com a coordenação do Programa de Crédito Fundiário, que levou a realização posterior de audiência pública no legislativo para debater com os interessados o andamento e a liberação de novos financiamentos por meio do referido programa.

Por fim, lembro que 2012 é ano de mais uma dança de cadeiras na “Casa do Povo”. Tomara que a vontade popular não perca esta chance para eleger uma maioria absoluta de representantes qualificada, imbuída do verdadeiro espírito democrático e que procure seguir os passos do grande filósofo Voltaire, que sustentava: “Não concordo com uma só palavra que dizeis, mas defenderei até a morte o direito que tens de dizê-las”.

 

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