Pensar é preciso!




Eu presto atenção no que o Aébrio Never diz, mas ele não fala nada. Aliás, só fala.

O famoso engenheiro das obras prontas, na área social diz que vai manter os programas de Dilma.

Na área econômica diz que vai baixar e inflação e fazer o país voltar a crescer.

O que ele não diz é que seu partido e ele mesmo sempre tiveram verdadeira aversão às políticas de inclusão social, e um dos exemplos dessa aversão, é a fala recente do seu guru e padrinho político FHC, que diz que pobre e nordestino não sabe votar.

Na oposição, sempre bateram e tentaram derrubar na Justiça diversos programas sociais do governo e agora, no afã de ganhar o voto dos pobres desavisados, diz que tudo vai seguir como está na área social. Mentira e cara de pau!

Outro exemplo é que sua única proposta para a área social, em Minas atendeu meia dúzia de pessoas e está sob investigação da Justiça por fraudes e desvios.

A conversa de Aébrio de que vai repetir Dilma na área social não passa de um truque. Se viesse a vencer a eleição, aos poucos iria fechando as torneiras para os programas sociais, pois os pobres nunca entraram no orçamento dos seus governos e investimento na área social sempre foi considerado por eles como gasto e desperdício.

Aébrio no poder significa a volta da velha conversa fiada de que precisa fazer o bolo crescer para depois reparti-lo. Significa o retorno do papo furado e ultrapassado de que precisa cortar investimentos sociais para fechar as contas do governo. Não se iluda, na agenda tucana existe espaço para atacar apenas e a meia boca a dívida econômica enquanto a dívida social só aumenta e fica esquecida, o que na vida real significa miséria e arrocho salarial.

E cá entre nós, se é para manter o trabalho do atual governo na área social, o melhor é manter Dilma lá, tendo em vista que ela já provou que é capaz e seu compromisso de construir um Brasil que não separa prosperidade econômica de justiça social.

Aébrio fala em economia com uma autoridade que não tem nem nunca terá. Seu governo em Minas Gerais aumentou monstruosamente a dívida pública. Quando comandava o governo federal, seu partido quebrou o país três vezes, o desemprego era assustador, a inflação ultrapassava o teto da meta, o salário mínimo era motivo de piada do professor Raimundo (personagem do Chico Anysio) que repetia o bordão: e o salário Ó!, a miséria envergonhava o país e maltratava milhões de brasileiros e brasileiras, a classe média não tinha poder de compra nem acesso ao crédito, o Brasil vivia mendigando empréstimos no FMI, nosso país não tinha iniciativa própria no cenário internacional nem voz ativa no mundo e apenas copiava o que os EUA ditavam.

Dilma sim, pode debater economia com a alma leve e o peito aberto. Mesmo enfrentando a pior crise mundial de todos os tempos, sob o comando da primeira mulher Presidenta, a inflação nunca ultrapassou o teto da meta, o salário mínimo recebe reajustes anuais assegurados por lei, ostentamos a menor taxa de desemprego da história, o Brasil investe em obras de infraestrutura de norte a sul do país com algumas das maiores obras do mundo, o governo mantém políticas públicas que estendem a mão aos mais pobres e financiam os brasileiros que querem melhorar de vida ou trabalhar por conta própria, nosso país se tornou respeitado e serve de referência para muitos países em termos de crescimento econômico que tem por base a inclusão social.

Sim, o Brasil precisa melhorar mais. Aliás, sempre é possível e preciso melhorar. A vida é assim. Mas não é retomando velhas e mesquinhas políticas e compromissos que ficaram para trás que haveremos de dar um salto para o futuro.

O discuro de Aébrio é vazio e manipulador. Para esconder sua verdadeira face, Aébrio não vai a fundo no debate e fica na margem das questões e avanços que interessam ao país. Talvez por isso, se gabe de ter ido ao debate da Globo no 1.º turno sem carregar nenhum papel. Nem precisa, pois além de não ter nada novo para mostrar, seu discurso é uma papagaiagem decorada e sem sentido.

Por exemplo, o que Aébrio planeja fazer concretamente para baixar a inflação que, repito, no governo Dilma nunca ultrapassou a meta do Banco Central de 6,5%? Nem precisa entender muito de economia para saber que só existe uma maneira de baixar imediatamente a inflação nesse cenário de crise da economia mundial, algo que seu padrinho político já fez no passado sem dó nem piedade. Para quem não lembra, convém recordar os ingredientes da receita: arrocho salarial, corte de investimentos em obras, redução dos programas sociais, desemprego em massa, recessão econômica, elevação brutal dos juros, precarizar os serviços e deixar os servidores públicos chupando o dedo, e outras maldades "más". Não é atoa que já andou dizendo que o salário mínimo tá muito elevado e que o atual governo gasta demais, não custa repetir que gasto para eles é investir nos pobres e no desenvolvimento social e humano.

Aébrio tenta resumir tudo que está em jogo e a complexidade de um país como o Brasil com um discurso decorado e mal intencionado: "tá errado, isso tem que acabar, eu vou mudar e sei como fazer". Eis o resumo da ópera desse malandro que, se eleito, poderá transformar em pó mais de uma década de avanços e conquistas. E olha que de pó ele entende!


A única mudança que desejam é tirar o PT do governo. Muito pouco para um país desse tamanho e que era tão pequeno e perverso nas mãos dos tucanos. Tucano só é bom de bico, pois no governo tudo emperra e nada pode em favor da maioria do povo, a exemplo da vizinha Pelotas, que votou pela mudança e o tucano eleito ficou com medinho e já estava pedindo para sair.

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