Problemas na transmissão e distribuição de energia são resultado da ausência histórica de investimentos
Governo Tarso já investiu R$ 1,5 bilhão desde 2011
Desde dezembro a rede elétrica que
abastece Pelotas e outros municípios da Metade Sul passa por situações de
interrupção de energia e desligamentos programados. Com o aumento do consumo no
verão, o problema histórico da falta de manutenção e investimentos na Companhia
Estadual de Energia Elétrica foi agravado. “Vivemos uma situação de aumento de
consumo. Com a política do governo Lula e da presidenta Dilma, houve mudança
significativa da qualidade de vida das pessoas. Hoje as pessoas têm geladeira,
ventilador, o ar-condicionado que há 8 anos custava R$ 7 mil, hoje custa R$ 1
mil. Ao mesmo tempo vivemos o sucateamento da CEEE, que após a privatização
ficou muitos anos sem investimentos”, destaca a deputada Miriam Marroni (PT).
Em conversa com técnicos da Companhia
Estadual de Distribuição de Energia Elétrica, a deputada buscou respostas para
os problemas vivenciados em Pelotas. Até o mês de dezembro, com as manutenções
realizadas, a CEEE disponibilizou mais carga para suprir as necessidades, mas
o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) se viu obrigado a desligar
os alimentadores para que não houvesse colapsos e problemas mais graves.
“O governo Tarso, nestes três anos, vem
trabalhando efetivamente para reconstruir a empresa estatal de economia mista
que sempre foi o orgulho dos gaúchos por sua eficiência. Infelizmente, a partir
de 1997, no governo Fernando Henrique, a visão de privatista deu início a uma
crise. Na época a CEEE passou a atender só um terço do Estado, compondo a
Região Metropolitana e a Metade Sul. Desde a privatização a companhia ficou
fragilizada e com as regras da ANEEL piorou. Podemos ressaltar investimentos
nos governos Olívio e Rigotto. O declínio maior da Companhia foi com a falta de
manutenção da rede no governo Yeda. A modernização e manutenção das subestações
não aconteceu. A CEEE passou um período sem modernizar os cabeamentos, não fez
obras de subestações, não houve troca de transformadores e alimentadores. A
rede ficou velha”, relata a deputada.
Apenas em Pelotas, são 137 mil unidades
consumidoras abastecidas. Destas, 85% são de consumidores residenciais. De
2010, quando era de 49,5 MWh, o consumo médio aumentou para 56,1 MWh em 2013.
“Apenas no ano passado, foram R$ 12,2 milhões investidos em expansão, melhorias
e manutenção na regional. O problema maior não é falta de energia, mas a
transmissão e a distribuição dessa energia”, destaca Miriam.
O atual governo recuperou R$ 2 bilhões
da Conta de Resultados a Compensar (CRC) e iniciou um processo de investimento
em grandes obras de manutenção para a recomposição da rede.
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