Herval em primeiro lugar?




Estamos há um ano do início de uma nova corrida eleitoral e os bastidores da política local começam a se agitar. O lado governista, ao que tudo indica, deverá receber o reforço de uma nova sigla em vias de criação, a partir da saída de lideranças importantes oriundas do PDT. O lado oposicionista, além das prováveis baixas, ainda acumula perdas no seu capital político por não acertar o tom e o teor da disputa, insistindo na exaltação de si mesmo e na mera desqualificação do adversário como arma para retomar o poder. Ou seja, o velho maniqueísmo manipulador, que divide as forças políticas entre o bem e o mal, desconsiderando o verdadeiro caráter da disputa e as virtudes do adversário.
Ao contrário do que o neoliberalismo propugnou com muita força, as ideologias não morreram. Sim, há diferenças de lado na política, nem todos são farinha do mesmo saco. Mas reconhecer que esquerda e direita ainda existem não resolve as coisas num passe de mágica. Política não é religião, e muito mais do que o simples apelo à fidelidade a princípios ideológicos, será preciso um trabalho político claro, consistente e cristalino, fundado em bases democráticas e civilizatórias, se o objetivo da oposição é agregar as forças progressistas para retomar o poder em benefício de todos, e não garantir a criação de um novo cacique político ou a volta de uma panela faminta de se locupletar a custas do sucateamento da máquina pública.
Mais do que o discurso de mudança, é preciso que as atitudes confirmem esta promessa. O maior entrave para a oposição, no meu modesto modo de ver, é que na próxima disputa eleitoral não haverá lugar para o comparativo entre bons e maus ou entre pobres e ricos. Penso que as pessoas também não estarão interessadas no blá blá blá que anuncia um governo ideal, sem erros ou imune à corrupção ou mesquinharias. Não, a disputa tende a ser entre os ditos e feitos do atual governo e os ditos e feitos do governo que antecedeu ao atual. E é aí que a porca torce o rabo. Penso que os números do governo em curso comparados com os números da antiga administração tendem a diluir o discurso oposicionista que tenta fazer dos números adversários do prefeito, por serem estes seu único objetivo.
Só para lembrar, por trás dos números existem pessoas na cidade e no campo beneficiadas com uma série de ações e iniciativas que, se não nasceram aqui, encontraram uma administração apta a recebê-los. Diferentemente do passado recente, em que o município perdeu milhões em investimentos devido a pendências e desacertos administrativos importantes. Deixo claro que aqui não vai uma defesa da atual administração, mas a constatação de quem busca pensar, antes de se deixar arrastar por qualquer apelo emocional.
Aliás, acredito que no próximo pleito a tendência é que a razão deva pesar mais que a emoção desenfreada. Mais do que gritarias e foguetórios, a maioria do eleitorado parece interessado em saber se a prefeitura não vai voltar a estacionar no CADIN; se as contratações de pessoal serão feitas por concurso ou pelo critério do apadrinhamento ou parentesco; se o patrimônio público além de não ser sucateado continuará a receber investimentos; se os investimentos em infra-estrutura não serão interrompidos. Mais ainda, se os servidores da prefeitura vão finalmente receber do futuro governo a remuneração salarial que merecem; se o desenvolvimento social vai passar a ser fonte do desenvolvimento econômico e não será confundido com assistencialismo.

Comentários

leila disse…
Parabéns Toninho pela matéria, quem dera HERVAL ESTIVESSE SEMPRE ME PRIMEIRO LUGAR!
ABRAÇO!
LEILA
leila disse…
Parabéns Toninho pela matéria, quem dera HERVAL ESTIVESSE SEMPRE ME PRIMEIRO LUGAR!
ABRAÇO!
LEILA

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