O voto ainda é a melhor arma




Nesses tempos que muitos usam a eleição (instrumento e conquista da democracia) para defender a barbárie, o fim da política e da própria democracia, nunca é demais insistir no ponto de vista contrário. A política segue sendo importante, pois quando ela some o que entra em cena é a guerra, o uso da força bruta para calar ou eliminar as vozes contrárias a quem detêm o poder, a cacicagem, a negociata com aquilo que é público. A democracia também é fundamental e seus problemas, por maiores que sejam, são muito menores que os problemas registrados nos regimes autoritários e sempre se resolvem com mais e nunca com menos democracia.

Nosso voto define o tipo de projetos e programas de um governo, no pleito atual tanto em nível nacional quanto estadual. Ou seja, ele ajuda a definir o rumo, o ritmo, os temas, as escolhas, o cardápio de iniciativas que queremos ver na pauta administrativa do país e do estado. Nosso voto também ajuda a decidir como deverão ser votados esses projetos, se irão assegurar ou retirar direitos da população que precisa das políticas públicas para produzir e viver melhor. Se serão favoráveis à criação de oportunidades para quem mais precisa ou darão carta branca para que as portas do poder público se fechem para os pobres e se abram apenas para os ricos. Se serão a favor de um Brasil grande e dos brasileiros ou de um país de joelhos diante do mundo e dominado pelo interesse estrangeiro.

Votar é importante, nosso voto é importante, uma vez que ele contribui para indicar o ambiente ou cenário administrativo, econômico, político, social, cultural, ambiental que queremos pelos próximos quatro anos. Ou seja, ao votar apontamos o dedo para aquilo que enxergamos como problema, para a forma de enfrentá-los e também na direção de algumas possíveis soluções para superá-los. Ao votar assinamos uma espécie de procuração para alguém falar e tomar decisões em nosso nome que, queiramos ou não, terão impacto em nossa vida.

No caso da eleição proporcional – para eleger os nossos representantes no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa –, escolher bem também é vital. Isso porque no próximo dia 7 de outubro temos a missão de escolher quem irá votar por nós até a próxima eleição, por isso é necessário votar em quem possui relações permanentes e trabalho prestado por nossa terra, mas também uma história em defesa “dos de baixo” e dos povos que moram “longe demais das capitais”, como é nosso caso. Digo isso porque nessa eleição já vi gente entusiasmada com candidatos que só lembraram agora que Herval existe e o desfile de políticos que votaram pela retirada dos nossos direitos mais sagrados, como educação, saúde, assistência social e emprego, prometendo continuar como nossos porta-vozes se forem eleitos (com o nosso voto) para mais um mandato.

Diante do exposto, digo que mais importante que votar em pessoas é votar num projeto. Um projeto que combata as desigualdades sociais e regionais, que gere oportunidades para os indivíduos e possibilite que Herval seja incluído no mapa de investimentos do país e do estado. Um projeto que coloque as instituições em primeiro lugar e deixe o personalismo de alguns políticos ou privilégios de certos setores da sociedade em segundo plano. Num país como o nosso, com uma democracia que “ainda usa fraldas” e num sistema político no qual os governantes nunca governam sozinhos e o poder é compartilhado entre o legislativo, o judiciário, o poder econômico, a grande mídia, as organizações sociais e religiosas, o voto é uma arma essencial para afirmar os valores civilizatórios, melhorar a política, dizer não aos autoproclamados salvadores da pátria e fortalecer a democracia.  


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