Nota de esclarecimento
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A
administração municipal de Herval vem a público esclarecer as razões que
provocaram a paralisação, assim como as medidas adotadas pela prefeitura
visando a retomada das obras de construção de 39 unidades habitacionais por
meio do programa Minha Casa, Minha Vida:
1) No final
do ano de 2011 a prefeitura de Herval apresentou proposta ao governo federal,
através do Ministério das Cidades, para a construção de 40 unidades
habitacionais no loteamento Júlio Lima, bairro caixa d’ água;
2) A proposta
foi aprovada no ano seguinte, sendo que a administração municipal optou
pelo Banco Cooperativo Sicredi, com sede em Porto Alegre, para ser o agente
financeiro do empreendimento, após a devida seleção por parte do governo
federal;
3) Antes de ir adiante, cumpre
esclarecer que a empresa construtora fora escolhida pelo agente financeiro
(Bansicredi), conforme determina as regras do Minha Casa, Minha Vida, não tendo
sido contratada diretamente pela prefeitura;
4) Em meados de 2012 fora
firmado entre as partes o contrato de execução da obra, prevendo um
investimento de R$ 28 mil por moradia, sendo R$ 25 mil oriundos do Ministério
das Cidades e uma contrapartida de R$ 3 mil por parte do governo do estado. À
prefeitura coube a oferta dos terrenos e o custo de implantação da
infraestrutura básica no loteamento;
5) A
partir da análise feita pelo Ministério das Cidades um dos 40 beneficiários
sorteados não atendeu aos critérios do programa Minha Casa, Minha Vida e acabou
sendo desclassificado, sendo contratadas a construção de 39 moradias;
6) Após o cumprimento de todos os ritos e formalidades relativos ao
programa, em 11 de dezembro de 2013 o Banco Cooperativo Sicredi autorizou o
início da obra;
7) Originalmente a responsável pela construção era a empresa Novitá.
Mesmo autorizada a dar início na construção, a empresa Novitá então alegou que
os valores disponíveis eram insuficientes e passou a exigir um aporte maior de
recursos como condição para iniciar as obras;
8) Poucos
meses depois a empresa Novitá entrou em situação falimentar, fato que obrigou o
Banco Cooperativo Sicredi a romper a relação com a citada empresa;
9) A
partir desse momento, o Banco Cooperativo Sicredi se reportou à prefeitura,
alegando que a continuidade do empreendimento só seria possível se a
administração municipal assumisse a responsabilidade de firmar relação com uma
nova empresa construtora;
10) Desde
então, o prefeito Ildo Sallaberry e a equipe da secretaria de planejamento e
meio ambiente, realizaram inúmeros esforços e tratativas em busca de uma
empresa disposta a assumir essa tarefa e a viabilizar essa obra tão importante
e almejada;
11) Além
disso, tais esforços e tratativas envolveram o Conselho Municipal de Habitação,
a ACIAS e a Câmara de Vereadores. Neste sentido, cumpre ressaltar que em meados
de 2013 o vereador Paulo César M. Carvalho acompanhou o prefeito Ildo em
reunião realizada no Bansicredi em Porto Alegre, com vistas a encontrar um bom
e rápido desfecho para esse impasse;
12) Após
vários meses, já no final de 2014, finalmente a persistência e a credibilidade
do comando da administração municipal venceram a incerteza e o empreendimento
escapou de ser cancelado, uma vez que a empresa CEFAS, com sede em Pelotas,
aceitou assumir a responsabilidade pela construção das moradias;
13) Os
ritos burocráticos foram cumpridos rapidamente e em 14 de janeiro de 2015 o
Bansicredi autorizou a CEFAS a iniciar a construção das moradias;
14) As
obras iniciaram efetivamente em meados de fevereiro do corrente ano, sendo que
o prazo original para a conclusão das moradias era 22 de junho de 2015;
15) Além da corrida contra o
tempo, a empresa construtora alegou os bloqueios nas estradas da região feitos
pelos caminhoneiros, ocorridos no início do ano, como uma das razões para o
atraso no andamento das obras;
16) Ademais, o projeto
apresentado pela CEFAS previa que a cobertura das casas seria feita com telhas
de fibrocimento. No entanto, o Bansicredi exige que as moradias recebam
cobertura de telha de cerâmica, de acordo com a normativa técnica do Minha
Casa, Minha Vida, situação que eleva consideravelmente o custo da construção;
17) Além
disso, a empresa esperava contar com a antecipação, por parte do Bansicredi, de
cerca 15% dos recursos relativos à obra, de modo a agilizar o ritmo da
construção;
18) Como
não logrou sucesso em seu intento, uma vez que o pleito da construtura não encontrou
respaldo nas normativas do programa e no contrato firmado entre as partes, no
início do mês de maio a empresa construtura informou a prefeitura de que estava
paralisando a obra;
19) Imediatamente, a
administração municipal deu início a uma série de esforços e tratativas visando
reverter a situação. Ainda no mês de maio, o prefeito Ildo Sallaberry se reuniu
com a direção do Sicredi e, posteriormente, participou de reunião no Ministério
das Cidades, durante a Marcha dos Prefeitos a Brasília, no intuito de resolver
o problema e garantir a retomada das obras;
20) O
governo federal, por sua vez, acenou com a possibilidade de prorrogar o prazo
para a construção das moradias, porém não sinalizou com a complementação dos
valores;
21) Desta
forma, a prefeitura encaminhou Notificação Extrajudicial ao Bansicredi e à
empresa, dando prazo de 20 dias para a retomada das obras;
22) Até
a presente data a prorrogação de prazo pretendida ainda não foi expedida, porém
a informação oriunda de Brasília é de que tal prorrogação deverá ser assinada
nos próximos dias pelo Ministro das Cidades, dando prazo até março de 2016 para
o término das obras;
23) Entre
os dias 14 e 15 de julho próximo, o prefeito Ildo Sallaberry deverá se reunir
com representante da empresa CEFAS, numa tentativa derradeira de viabilizar a
retomada das obras pela empresa;
24) Em
não havendo acerto e a garantia de retomada das obras, a administração
municipal será obrigada a adotar as medidas judiciais cabíveis contra a empresa
e o Bansicredi;
Diante do
exposto, a administração municipal lamenta o ocorrido, informa que não tem
medido esforços para resolver esse impasse e reafirma seu compromisso com a
retomada e conclusão dessa obra fundamental para garantir a melhoria da
qualidade de vida das mulheres e homens da nossa terra que estão a um passo de
realizar o sonho da casa própria.
ILDO ROBERTO LEMOS SALLABERRY,
Prefeito Municipal.
Comentários