Ato político


Assim se posiciona e pronuncia um grande líder democrático! É só o que posso dizer acerca do artigo breve e certeiro do respeitável Henrique Fontana sobre a tentativa sórdida, desvairada, inconstitucional e anti-democrática ensaiada pelo grupo político derrotado nas urnas em 2014, sob o comando do crápula e nada coerente Aécio Neves.

O que a oposição anda ensaiando é mais “que o sujo falando do mal lavado”, como acusava Luciana Genro durante a última corrida eleitoral. É um golpe não só no PT, no governo (que aliás não é composto só pelo PT, mas por uma coalizão de partidos) ou na presidenta Dilma. Um golpe, isto sim, na democracia e no Estado de Direito que vem sendo construídos e mantidos a duras penas no Brasil.

E o que é pior: um golpe meramente político e institucional, sem nenhuma fundamentação ou sustentação jurídica, algo que revela o caráter (ou a falta de caráter) dessa turma e o que é mais grave: poderia fazer nosso país andar muitos passos atrás, ao invés de representar ou abrir as portas para algum tipo de avanço.

A luta continua e as vozes lúcidas, democráticas e verdadeiramente progressistas não se calarão nessa hora adversa e desafiadora. Uma vez mais a esperança haverá de vencer o medo e a verdade está sendo convocada a dar mais uma surra na mentira!!!
  
As novas eleições estão marcadas

(por Henrique Fontana)

Serão no domingo, em outubro de 2018. A tentativa de retirar uma Presidenta, legitimamente eleita, com um mandato conquistado nas urnas, antes desta data atenta contra a democracia brasileira. E não bastará aos defensores da quebra das normas constitucionais envolverem suas manobras para um golpe institucional em um “verniz” legalista.

Os argumentos para colocar em marcha o impeachment da Presidenta Dilma Rousseff apresentados pela oposição são tão duvidosos quanto frágeis. Desde a reeleição da Presidenta a oposição, especialmente tucana, vem promovendo formas de interromper o seu mandato com pedidos de recontagem de votos, de rejeição das contas de campanha  no Tribunal Superior Eleitoral ou do governo no Tribunal de Contas da União, ou de pedido de impeachment por conta da operação Lava-Jato.

As supostas “pedaladas fiscais” nas contas do Governo Federal de 2014, mecanismo até este momento considerado legal pelo TCU na gestão do Orçamento, inclusive utilizado durante o governo do PSDB; e a contribuição de um empresário delator da operação Lava-Jato para a campanha presidencial de Dilma em 2014 em valor menor ao doado a seu adversário direto, Aécio Neves, todos registrados dentro das regras eleitorais, nenhum desses expedientes nem de longe podem justificar a quebra da ordem democrática do país.

Mesmo que o Senador Aécio queira, contraditoriamente,  fazer crer que o valor maior recebido por ele do mesmo empresário, na mesma campanha, seja lícito, e o de Dilma não. Todos nós somos contra a corrupção e vamos trabalhar duramente para erradicá-la do nosso meio, onde estiver. De outro lado, a política nacional não deve ser pautada pelo revanchismo eleitoral ou pelos humores do mercado e da economia. Reagir e buscar saídas para a crise econômica não são motivos para um golpe contra a democracia.

Concorde ou não, tenha votado ou não, apoie ou não o governo da Presidenta Dilma, terá ele acertos e erros, é papel de cada cidadão e cidadã brasileira garantir à Presidenta o direito de exercer seu mandato e colocar em prática as políticas nas quais acredita para fazer o Brasil crescer. É tarefa de toda a sociedade defender a estabilidade, as instituições e a legalidade democrática, duramente conquistada após mais de 20 anos de ditadura. Particularmente, não quero acreditar que o ex-presidente Fernando Henrique autorize, por ação ou omissão, que seu partido, o PSDB, juntamente com outras forças de oposição, dê curso a um golpe institucional contra a presidenta Dilma. Seria isto uma mancha profunda em sua biografia.

Nenhum jogo acaba, ou mesmo o juiz expulsa todo um time, aos dez minutos do primeiro tempo, porque não está gostando da partida. A democracia não é brincadeira e a política não pode ser um jogo onde vale tudo. A maioria do povo brasileiro não torce pelo "quanto pior, melhor”. Vamos trabalhar pelo Brasil, defender a democracia e ajudar a Presidenta Dilma a fazer um bom governo para todos e todas.


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