Ato político
Com vocês a palavra sempre firme, sóbria, profunda e precisa de Henrique Fontana, ressaltando que a memória é tão importante quanto à esperança. Ou seja, o Brasil enfrenta muitos problemas e tem muitos desafios pela frente, porém não podemos esquecer as muitas conquistas dos últimos anos e também que elas não caíram do céu, são fruto de muito trabalho e da política dos governos Lula e Dilma de distribuir renda para crescer e tornar o Brasil soberano no cenário mundial. Ao contrário dos tucanos que governavam para poucos e transformaram o país num cassino para a especulação do grande capital mundial. Adiante, que estamos no caminho certo!
Brasil, um país no
rumo certo
Por Henrique Fontana
Nos últimos anos, o Brasil tem experimentado um ciclo de desenvolvimento
e geração de emprego como não víamos há muito tempo. Nosso país vem melhorando
e muito desde o primeiro mandato do presidente Lula, quando o governo optou por
um modelo de desenvolvimento econômico com distribuição de renda, inclusão
social e nacionalização de setores estratégicos como o de petróleo e naval, por
exemplo. A presidenta Dilma tem sustentado nossa economia com grande solidez em
um período de profunda crise da economia global com medidas de estímulo ao
mercado interno e políticas sociais de transferência de renda. Os gastos do
governo também estão sob controle rigoroso, sem que isso comprometa a execução
de políticas sociais e os investimentos.
Os dados referentes a fundamentos estruturais comprovam esta solidez e
contradizem a decisão da agência de classificação de risco Standard &
Poor's de baixar a nota do Brasil. Vamos conferir alguns deles. Em onze anos,
nosso Produto Interno Bruto cresceu 4,4 vezes e hoje é de U$S 2,2 trilhões.
Reduzimos a inflação de 12,5%, em 2002, para 5,9%, em 2013. Há dez anos a
inflação está controlada e dentro das metas. No período da crise internacional
iniciada em 2008, o Brasil cresceu 17,8%, uma das maiores taxas de crescimento
entre os países do G-20. Possuímos o quinto maior volume de reservas
internacionais no G-20, com U$S 376 bilhões - dez vezes mais do que tínhamos em
2002, e reduzimos a dívida pública líquida praticamente pela metade, de 60,4%
do PIB, em 2002, para 33,8% do PIB.
Os avanços sociais também são reflexos das decisões políticas adotadas
pelo atual governo federal. O desemprego, que era de 13% em 2003, caiu para o
menor nível da história e hoje é de 5,2%, fruto da geração de mais de 21
milhões de novos empregos com carteira assinada nos últimos onze anos. O mais
notável é que desde 2008, enquanto a crise econômica gerada pelo neoliberalismo
eliminava 68 milhões de empregos no mundo, o Brasil criava mais 10 milhões de
postos de trabalho. Vale questionar, ainda, que outro país foi capaz de
contratar a construção de três milhões de moradias populares? Ou triplicar o
orçamento federal em educação dobrando o número de matrículas em universidades
para os atuais sete milhões? Este é o Brasil que estamos construindo, apontado
pela ONU como exemplo no combate à desigualdade social, que tirou 36 milhões de
pessoas da pobreza extrema e incluiu 42 milhões na classe média.
Nestes onze anos, o Brasil deixou de ser um país vulnerável e tornou-se
um competidor global. Isto incomoda, contraria interesses e não é por acaso que
a análise de nossa política econômica tem sido alvo de avaliações claramente
especulativas. Por isso, cabe a pergunta: Está certa a Standard & Poor's ou
estes dados são mais fortes?
É importante ressaltar, ainda, que as agências de risco passaram a ser
olhadas com desconfiança e têm perdido credibilidade desde a crise econômica
mundial de 2008, quando fizeram avaliação extremamente positiva de bancos que
acabaram quebrando naquele período. E, depois, durante a crise do euro, ao
rebaixar notas e aumentar a pressão do mercado sobre os países em turbulência.
Hoje há uma discussão sobre a capacidade dessas instituições de serem
independentes nas suas decisões. As agências de risco são empresas privadas e,
como tal, fazem avaliações muitas vezes focadas no interesse de parte do
mercado, mais precisamente o que vive de ganhos especulativos.
Embora comemoremos os resultados acertados da nossa política econômica,
reconhecemos que ainda temos muito a fazer para crescer e atender às demandas
dos brasileiros. Mas temos convicção de que o caminho é aprofundar ainda mais
este projeto que estamos implementando e não voltar ao passado.
Henrique Fontana é deputado federal e
vice-líder do Governo Dilma
Artigo publicado no Sul 21, em 4 de
abril de 2014.
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