Herval em boas mãos, a crise financeira e a ajuda da oposição
A própria oposição sempre
reconheceu que o atual prefeito é ótimo administrador público, que as quizílias
com o governo em curso se assentavam em motivos de ordem política e/ou ideológica. Penso que agora,
em meio a crise financeira que atingiu como uma bomba quase todos os municípios do país, as virtudes do comando da terra hervalense ficaram ainda mais evidentes.
Não que Herval não tenha sido atingido pela crise: foi e muito. Ocorre que
graças ao padrão correto de administração aqui instituído, as medidas para
enfrentar esse momento adverso e permitir o fechamento das contas não precisaram ser tão amargas e radicais, como ocorreu
na vizinha Candiota, onde todos os CCs foram exonerados, apenas para citar um
exemplo.
Mas antes de ir adiante,
algumas breves palavras sobre a crise financeira. A televisão e os jornais
mostram todos os dias, mesmo sem o devido destaque ou maiores esclarecimentos, a
crise avassaladora que atinge países ricos, como Espanha, Portugal, Grécia,
Itália, etc. Como receita para a crise as medidas adotadas pelos governos de lá
são as mesmas levadas a efeito por aqui durante a gestão de FHC e os partidos
neoliberais. Ou seja, aumento nos juros para desestimular a produção e o
consumo, contração de empréstimos externos, demissões em massa, diminuição dos
investimentos e das funções públicas, entre outras ações recessivas. Resultado:
o desemprego chegou a níveis insuportáveis, a população perdeu poder aquisitivo, os empresários e os
governos se endividaram e o Brasil passou a perder fortunas com a queda nas
exportações para esses países.
Como resposta a queda nas
exportações, a presidenta Dilma acertadamente promoveu uma desoneração
tributária, visando fortalecer o consumo interno no país e manter os empregos
dos brasileiros. Ocorre que ao reduzir tributos, como o IPI, o governo arrecada
menos em impostos compartilhados com os municípios. Ao arrecadar menos os
municípios, consequentemente, recebem um repasse menor do Fundo de Participação, sendo que a imensa maioria dos municípios depende do FPM para
cumprir suas obrigações e atender as demandas da população. Sem um valor
adequado de FPM, municípios como Herval teriam que fechar suas portas. Por isso, o prefeito Ildo sempre repetiu ao longo da última corrida eleitoral, que
precisamos ter consciência de que vivemos num município pobre. Eu diria um
município totalmente dependente dos repasses da União e do Estado.
Para piorar, a arrecadação do
ICMS, imposto que o governo estadual reparte com os municípios, também
despencou em 2012, em razão da última estiagem que devastou a produção agropecuária
do RS, deixando um rastro enorme de perdas e prejuízos nesse que é o principal setor da nossa economia. Diante desse quadro, defendo
que a coisa só não está pior porque temos uma gestão pública austera, eficiente
e responsável; que não deixa de fazer sua parte, mas também não dá o passo
maior que a perna. Só por isso os serviços essenciais não foram paralisados e as obrigações
com os servidores deverão ser honradas, o que diante de tanto sufoco, já é um
motivo para comemorar.
Espero que a
oposição não queira tirar algum tipo de vantagem política da situação e no
lugar de atrapalhar se apresente para dar sua contribuição. Como? Mais do que
discurso e apontar desacertos, os hervalenses querem seguir
no ritmo e no rumo do desenvolvimento e uma fonte importante de novos investimentos para a prefeitura são as emendas parlamentares. Nesse momento, em que já começaram as costuras
para a definição das emendas de 2013, os vereadores atuais e os recém (re) eleitos
do PDT, PMDB e PSB podem e devem fazer sua parte, solicitando a seus
representantes em Brasília recursos de emendas para Herval. Afinal, o bem de
todos precisa ser colocado acima da briga dos partidos e quem alardeava tanta
força política tem o dever de mostrar que não estava apenas blefando.
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