Adeus ano velho, feliz ano novo!



Ao findar de cada ano, as pessoas tendem a olhar mais atentamente para dentro de si mesmas, na tentativa de encontrar uma luz para sair do vermelho, pesar na balança as coisas que passaram e fazer novos planos para o futuro. Numa administração pública não é diferente. Além do esforço para honrar os compromissos assumidos e fechar as contas, o mais comum nesse período é avaliar os acertos, comemorar as conquistas, detectar erros e derrotas e definir as prioridades visando alcançar novas realizações. Assim é a vida, e prestar atenção nos passos certos ou em falso dados no período anterior é uma das melhores formas de se preparar para novos saltos, desafios ou mudanças.

De uns tempos para cá, graças ao amadurecimento da nossa democracia e as mudanças das prioridades e na forma de administrar o país, as pessoas da sociedade civil vem rompendo com a cultura do silêncio e incorporam, crescentemente, o hábito de cobrar mais e melhores feitos do poder público. Isso é muito positivo e saudável, especialmente porque há pouco tempo, durante a “era FHC,” fomos levados a acreditar que a história havia acabado; que não era possível mover uma palha para diminuir o abismo que separava pobres e ricos; que o jeito era aceitar como algo inevitável a fome, a injustiça social e a falácia de que o crescimento econômico só viria a custas do sacrifício dos mais necessitados. Hoje respiramos novos ares e somos referência para o mundo todo não por acaso, mas por obra de sucessivos governos progressistas que passaram a investir nos brasileiros como a maior riqueza do Brasil.

Por outro lado, é sempre importante ver o outro lado da moeda. Ou seja, é fundamental cobrar direitos, porém é igualmente fundamental reconhecer que quem chega ao comando de uma administração não chega à possibilidade de ser Deus. A questão é estar atento para perceber se a administração caminha numa direção adequada e botar a boca no trombone quando seus resultados beneficiam uma meia dúzia, e não a maioria. No entanto, é fundamental também cumprir nossos deveres. Resumindo: o trabalho da prefeitura redundou em muitas e importantes conquistas no correr de 2012, mas nem tudo foi feito, porque nunca se pode fazer tudo. Pena que nem todos compreendam ou aceitem esse fato e exijam histericamente aquilo que eles próprios não executaram quando tiveram a oportunidade de decidir os destinos do município.

E aqui não vai nenhuma tentativa de censura contra a oposição. Oposição é legítima e necessária, se não seria democracia. O que critico é a falta de bom senso, a mania de falar mal pelo gosto de falar mal, o gesto de colocar os interesses de uma pessoa ou partido acima dos interesses coletivos. Outra questão que me tira do sério é notar alguns servidores públicos (por sorte muito poucos, uns 3 ou 4, já que a imensa maioria é fora de série) fazerem corpo mole ou cruzarem os braços quando o governo não sopra a favor do seu ponto de vista ou interesses. O pior ainda é quando são cobrados legitimamente a cumprir suas funções e posam de vítima, dando a esse gesto o nome de perseguição. Parlamentares da oposição são eleitos pelo voto direto da população justamente para fazer oposição, agora servidor público precisa ter claro que recebe para prestar um bom serviço ao público e, ao não cumprirem seu papel, cumprirem porcamente ou simularem algo que não existe, estão prejudicando muito mais seus colegas de trabalho e a população que paga seus salários do que a imagem do governante que está de passagem pelo paço municipal.

O balanço que faço da administração municipal nas horas finais do ano em curso indica que o saldo é altamente positivo, tendo em vista tudo que foi feito, está em andamento ou projetado. Mesmo assim, sempre é possível ir mais longe e voar mais alto. Mas na aurora de mais um ano, olhemos para além das coisas e casos da vida pública. Olhemos para nossa vida privada e principalmente para nosso íntimo, com vistas a perceber nossas mazelas e tropeços e nos tornarmos gente melhor e mais feliz no ano que vai nascer. A vida é muito breve para perder tempo com coisas banais ou gastar energias preciosas com querelas inúteis. Cobremos de nós mesmos na mesma medida que cobramos dos outros e façamos a nossa parte para tornar a vida menos pesada e mais solidária. Sejamos a mudança que queremos ver no mundo e que o ano novo seja um ano daqueles para todos!



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