Licença poética




Peço licença novamente para entregar-lhes mais palavras simples e sutis, arrancadas do fundo do baú do meu ser...

Já não quero nada nem sei quem sou...

Sinto falta da minha infância.
Sinto falta de um futuro esperado que ficou pra trás.
Sinto falta de ti, de tudo que é vivo e se move,
de algo que nunca irei alcançar, de alguém que jamais serei,
de um ser de carne e osso que nunca irei cativar.

Queria paz e cumplicidade...
Tudo que encontrei foi ansiedade e incompreensão e
essa sensação de que falo uma língua estranha ou inconveniente.

Queria alegria e leveza...
Tudo que logrei conquistar foi dor, deserto, insensatez
e um enorme desprezo por mim mesmo.

Queria o mar e morri na praia, afogado na maré de ilusões.
Queria o mel e fui tragado pelo amargo das promessas
não cumpridas.
Queria o céu e vivo em brancas nuvens e sequer sei quem sou.
Queria o amor e só me resta a raiva pelo tempo perdido e
essa vontade de vomitar minha alma escura e sem vida.


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