Momento poético






DE SEDA



(Larissa Marques)




quem dera tivesse acabado ali


quem dera tivesse acabado



 hoje, caminho só pela vida


e os olhos todos me pedem


em vão e seguem destruindo


asfaltando estradas em sonhos


trincheirando suas


entradas sobre mim



 
sem lirismos nos passos


corro até onde o cansaço do céu


encontrar o voo do abismo


compartilho lembranças ruins


com aqueles que roubaram


meu vestido mais-que-perfeito


e devassaram entranhas do porvir


mal sabem que não tenho motivos



 mas trago um sorriso secreto


entre meus seios


que não se olham


que não dizem nada


nada além que o antepasto


do meu desespero



deveria ter acabado ali.

 

Comentários

Anônimo disse…
muito sem sentido parece um corção cheio de incerteza e uma cabeça cheia de loucura e verme de carne de porco.
Toninho Veleda disse…
Agradeço o comentário. Sábia poderação!
Penso apenas que poesia nem sempre faz sentido.
Poesia é muito mais a loucura dos sentidos e a lucidez dos loucos.

Saúde e paz!

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