Nossa história como horizonte para um futuro melhor



Tenho defendido e já estou dando os primeiros passos na busca de um diálogo com o Consulado Português em Porto Alegre, intentando a firmartura de uma parceria entre Herval e as cidades Portuguesas, cujos emigrantes foram responsáveis pela colonização do território onde vivemos, dando início à formação do nosso município. Tal “irmanamento” poderia ocorrer com base numa lei do gemellaggio (vide em http://g.co./kgs/5BT1Xa).

De acordo com a história, Herval fora constituído em território então pertencente à Espanha, conforme os acordos e tratados assinados naquele passado distante. Contudo, a perspicácia e a bravura de Rafael Pinto Bandeira, acabaram fazendo com que esse território fosse habitado e terminasse sob a posse da então Monarquia Portuguesa.

Desde a formação a partir de um acampamento militar, a história também registra uma relação muito próxima e de extrema lealdade e intercâmbio entre Herval e a Coroa Portuguesa, condição que ora nos credencia a buscar a pretendida parceria, que objetiva assegurar uma cooperação em termos técnicos, tecnológicos e financeiros, propiciando o investimento em projetos que resgatem a história e apontem na direção de um futuro mais próspero para Herval e os hervalenses.

Alguém dirá que esse intento não passa de sonho ou um “tiro na lua”. Pode até ser, mas “quem não arrisca não petisca”. Além disso, convém lembrar que, fruto do trabalho do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, nosso município já estabeleceu uma relação semelhante com municípios da França, a qual permitiu um intercâmbio cultural e o investimento de recursos materiais e humanos no desenvolvimento da bacia leiteira nos assentamentos que, felizmente, passaram a compor a paisagem e o cenário econômico, social e cultural da nossa terra. Como exemplos dessa relação, lembro que no ano de 2001, a ex-primeira-dama francesa, Danielle Miterrand, visitou o assentamento São Virgílio, das comitivas de assentados que foram à França participar de experiências de campo e dos profissionais franceses que deram assistência técnica continuada aos nossos produtores.

Herval costuma ser visto e explicado por aquilo que nos falta. Mais que nunca, entendo que precisamos perceber e utilizar aquilo que possuímos como fermento e ponto de partida para um salto em termos de desenvolvimento. E aqui falo, essencialmente, das nossas belezas naturais exuberantes, da hospitalidade do nosso povo, da qualidade de vida de dar inveja aos grandes centros urbanos e da nossa história rica e heróica.

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