A gente não quer só comida




A cultura, o esporte e o turismo, não raro relegados ao segundo plano pelas administrações públicas, ganharam espaço e vêm se caracterizando como um dos carros chefes da atual gestão municipal. Isso é fruto da ousadia, das parcerias e da boa gestão do comando da pasta responsável por essa área, mas também consequência de uma visão estratégica do atual governo municipal, que enxerga esse setor como espaço para incentivar os talentos locais e promover a interação entre as pessoas da comunidade, mas também enquanto espécie de indústria capaz de fazer girar a roda da economia local.

Todo esse avanço foi alicerçado e impulsionado a partir da criação dos fundos municipais do esporte e de incentivo à cultura. A partir daí foi possível, por exemplo, custear todas as despesas da Copa Integração de Futsal e de parte da FEJUNAHE, por meio de valores arrecadados oriundos de patrocínios e da venda de espaços comerciais.

No esporte, segundo informações oficiais, a escolinha de futsal conta atualmente com 105 crianças inscritas, as quais participam pela primeira vez da competição municipal da cidade. No mês de julho a Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, SECULT, têm a previsão de viabilizar a compra de materiais esportivos para a escolinha, no valor de cerca de R$ 7 mil (sete mil reais), como forma de incentivar a formação de talentos e de cidadãos saudáveis e engajados no espírito de coletividade. Ainda no esporte, destaca-se o enorme incremento na premiação e a distribuição de brindes aos torcedores na primeira edição da Copa Integração de Futsal, fruto dos recursos arrecadados pelo respectivo Fundo, bem como pelas parcerias que foram firmadas. 

Outra medida positiva para a pasta foi a instituição das emendas impositivas no âmbito da administração municipal, uma iniciativa do prefeito municipal que possibilitou que o secretário pudesse se articular junto aos vereadores, assegurando recursos no orçamento desse ano para a melhoria da iluminação do Ginásio de Esportes, a compra de placar eletrônico, a realização de atividades culturais voltadas para pessoas portadores de necessidades especiais, o investimento na escolinha de futsal, a realização de atividades culturais com foco na cultura Afro-brasileira, o aporte financeiro aos blocos carnavalescos, além de outros investimentos. Falando em Carnaval, bom lembrar o patrocínio da Corsan ao evento que, esse ano, praticamente dobrou o valor destinado ao município na comparação com o ano passado, num trabalho que contou com o apoio da Secretaria de Planejamento do município. 

Na cultura, merece destaque a elaboração de Inventário do Patrimônio histórico-cultural da nossa cidade, trabalho que está prestes a ser realizado numa parceria firmada com a faculdade de arquitetura da UFPEL, a partir da relação construída pelo arquiteto Marcio Poersch, que desempenha suas funções junto à pasta do Planejamento. Outro destaque fica por conta da revitalização da Praça Marquês de Herval, obra que deverá ser viabilizada para 2020, através de emenda parlamentar do deputado Federal Henrique Fontana, numa articulação política conduzida pelo secretário Toninho Veleda. 

Outro avanço foi o salto enorme dado pela Feira do Livro na atual gestão, evento organizado pelo Rotary Club em conjunto com o município que foi buscar o apoio do SESC, o que garantiu o incremento dessa atividade cultural que valoriza o livro e a leitura em âmbito local. SESC que também viabilizou a recente instalação temporária de um parque móvel de brinquedos para as crianças, além de se constituir no grande parceiro para realização da FEJUNAHE, parceria que vem permitindo que esse que é o maior evento organizado pela prefeitura, siga de pé e pujante, num cenário de graves limitações financeiras e orçamentárias, no qual a cultura costuma ser uma das primeiras vítimas quando se fala em cortes de despesas ou investimentos. 

Para finalizar, recorda-se a parceria com a ACIAS, iniciativa que assegurou a pintura da quadra esportiva do Ginásio Municipal de Esportes e, em contrapartida, tornou as competições realizadas no local mais atrativas aos torcedores e visitantes, com a oferta de uma praça de alimentação ampla e variada, algo que também se configura num incentivo aos empreendedores e à economia local. 

Costumo dizer em bom Portunhol que “se no hay la plata nada se faz”, porém com dedicação, criatividade, ousadia e boa gestão sempre é possível fazer acontecer e, às vezes, até operar alguns milagres. Como diz a música, “a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte” e, num momento de tanto obscurantismo, cortes de investimentos essenciais, ditadura de ideias primitivas e o predomínio de agentes pagos com dinheiro público para destruir estruturas e políticas públicas vitais para a economia e a vida das pessoas, nossa SECULT vem mostrando que existe outro caminho e acendendo luzes no fim desse túnel.

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