A responsabilidade com a saúde e a irracionalidade dos “boca braba”


A tarefa de administrar a Saúde no município não é leve nem pequena. São apenas 5 servidores para tocar uma Secretaria com mais de 50 profissionais de saúde e com uma demanda diária superior a uma centena de atendimentos. Além disso, a saúde é uma área naturalmente complicada, a qual os cidadãos recorrem quase sempre irritadiços e fragilizados pela dor da doença, exigindo soluções imediatas. É tudo para anteontem e o “cobertor” é sempre curto. Pra botar mais lenha nesta fogueira, não falta o bombardeio daqueles que colocam seus apetites partidários acima de tudo e de todos, inclusive da verdade dos fatos. Deste modo, a saúde sofre por problemas seus e também pelos problemas que são atribuídos a ela, que muitas vezes não passam de desespero de alguns oposicionistas mais irracionais.
O fato é que um governo nunca começa do zero, ele é sempre uma herança. E o estado precário no qual se encontrava a Secretaria da Saúde em 1º de janeiro de 2009, não deixa dúvidas de que a herança do novo governo não foi boa. Ou alguém já esqueceu do sucateamento dos veículos; da ambulância e do gabinete odontológico, adquiridos no apagar das luzes e dos quais não se deixou paga uma só parcela; do abandono do hospital; do computador novo recebido pelo Conselho Municipal de Saúde, que simplesmente “sumiu” das dependências da Secretaria (um fato que vem sendo apurado pela autoridade policial); das pendências deixadas relativas a dois meses de salários atrasados dos servidores da ESF, como também ao 13º salário desses profissionais referentes aos anos de 2007 e 2008; apenas para citar alguns exemplos.
Por tudo isso, a saúde está melhor hoje do que estava no passado, e para admitir isso não precisa ser partidário da administração. Basta ter um mínimo de bom senso ou grandeza política. Existem problemas? Eles existem, e não são poucos. O que é preciso reconhecer é que os problemas atuais da saúde em Herval são os mesmos problemas da saúde em todo o país; num Sistema universal, integral, gratuito, que é o único recurso de assistência para 70% da população. Mas como defende Claudiomiro Ambrosio, “o SUS apresenta desafios, vinculados à gestão de recursos humanos, à melhoria na qualidade da atenção e do acesso à saúde, à ampliação do aporte de recursos e à utilização dos mecanismos de maneira eficiente. Precisamos ajudá-lo, aperfeiçoá-lo, mas jamais prescindir dele”.
É bom lembrar que a irracionalidade oposicionista em nível nacional levou à derrubada da CPMF, retirando dos cofres da União cerca de R$ 40 bilhões que eram usados pelo governo no financiamento da saúde da população. Convém lembrar também que a governadora Yeda Crusius vem promovendo uma política perversa de desinvestimento, que além de sobrecarregar os municípios, deu ao RS o título inconveniente de Estado que menos investe em saúde; sendo aplicados neste setor tão essencial cerca de apenas 5% da arrecadação estadual, quando a lei determina um investimento mínimo de 12%.
Contrastando com esse quadro, a administração municipal vem fazendo a sua parte, dentro dos limites das suas atribuições, mesmo com uma herança negativa e com recursos limitados para atender problemas ilimitados. Desta forma, em pouco mais de um ano as contas estão em dia e a oferta de serviços e ações foi ampliada significativamente, com o investimento na saúde dos hervalenses chegando à casa dos 18% da receita própria da prefeitura, sendo que a obrigação seria aplicar 15%. Apenas por este fato a gestão atual da saúde já mereceria ser respeitada.
Defender a saúde pública e a população que depende dela, é fazer exatamente o oposto do praticado pelas “velhas prostitutas” que agora pregam castidade: é ser propositivo, honesto e agregador. É ter visão para enxergar a engrenagem da saúde como um todo, e não promover um festival de demagogias ou calúnias, com base em falhas pontuais ou vontades particularistas. Fazer oposição é legítimo e necessário, o que não se pode admitir é o gesto covarde de distorcer atos e palavras ou de inventar defeitos para criticar, sem ao menos abrir espaço para o contraditório. Paixão política tem limites, sendo tais limites impostos pela lei, pelo respeito à verdade e pela própria racionalidade. A boa notícia é que microfone em “boca braba” tende a servir menos como arma e mais como uma armadilha.

Comentários

Unknown disse…
Toninho, minha admiração pelo teu trabalho e tua seriedade é crescente!
Muito bom o artigo que fala dos "boca braba". É hora de haver responsabilização, não só por atitudes criminosas, mas por palavras ditas ao vento, sem qualquer comprovação, protegidas pelo manto da impunidade.Precisamos de AÇÃO política e convocar os "boca braba" para contarem o que fizeram, até, então....mostrando suas ações concretas (se houverem)...Herval precisa respirar ares novos, e ser oxigenada com o ânimo da dedicação e do TRABALHO!!!!! DENISE CABREIRA DA SILVEIRA-ADVOGADA

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