A casa da minha infância

A casa da minha infância ainda mora em mim e, talvez, eu nunca tenha deixado de morar dentro das suas paredes.

Era uma casa muito engraçada, mal tinha teto, mas sobrava afeto.

Era uma casa muito estranha, cheia de carências materiais, porém repleta de amparo, bons exemplos e coragem para seguir em frente e virar o jogo.

Uma casa acolhedora onde não faltava colo e sexto sentido de mãe nem provimento e puxões de orelha de pai nem rusgas e brincadeiras de irmãos nem algazarra e carinho de bichos nem pé no chão e contato com a natureza.

A casa da minha infância desabou, virou tapera. Eu também já desabei várias vezes nessa vida, mas para levantar, me pôr de pé novamente e começar tudo outra vez: mais consciente das minhas fraquezas, mais forte, mais grato por todas as bençãos, mais aberto ao novo, mais agarrado nas minhas raízes - como a velha casa da minha infância, que me segue como uma sombra ou como uma senha que me permite sempre acessar novos espaços!

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