Ainda existe gente no mundo?



Tem uma música de Tiago Iorc que diz: "Gente demais, com tempo demais, falando demais, alto demais. Vamos atrás de um pouco de paz".

A partir dos ensinamentos da vida e do Espiritismo Cristão, seu Adão Veleda professava que existem somente dois caminhos para a elevação dos indivíduos: da dor ou do amor!

O mundo ficou pequeno e com muita pressa com a globalização econômica e a popularização da internet e das mídias sociais. Tá tudo muito rápido e confuso. Se antes no Brasil todo mundo era especialista em futebol, nos últimos tempos atrás de um computador temos milhões de valentões, gestores públicos competentes, gênios que sabem tudo sobre tudo que é de domínio público, menos como resolver seus próprios dilemas íntimos ou pessoais. 

A conclusão que chego, nesses idos de 2022, é que a informação de alta velocidade e o acesso a tudo em tempo real não importando a parte do mundo que ocorra, ao invés de encurtar distâncias, derrubar muros, ampliar o conhecimento e revelar a verdade em sentido ético, vem servindo essencialmente para popularizar a burrice, erguer barreiras de ódio e discriminação, multiplicar a mentira, eliminar a privacidade e abrir as portas para a espionagem e facilitar o trânsito livre de toda sorte de ideias e sentimentos destrutivos.

Tá tudo tão rápido, confuso e tóxico que a maioria não escuta o passarinho cantar nem as batidas do próprio coração. A maioria não presta atenção na natureza nem no irmão faminto ou sem ter para onde ir jogado na calçada. A maioria perdeu a noção do que é ser humano e o contato com as coisas simples da vida. Às vezes, sinto que estamos sob o efeito dos dementadores de Harry Potter ou que o The Walking Dead virou a vida real.

No início da Pandemia havia uma discussão ou até uma campanha para sairmos dela melhores do que entramos. Em se tratando de Brasil, as notícias não são boas. Alguns monstros ficaram maiores e muitos corações ainda mais recrudescidos depois desse episódio que poderia ser uma lição para a humanidade e acabou servindo como um combustível para o mal. A dor, a fome, a doença e a morte foram naturalizadas e já não despertam compaixão numa multidão. Mas vai passar, tudo passa!


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