Minha opinião!
Mesmo assim, os políticos e a grande imprensa liberal, devem estar festejando esse como um baita negócio.
Isso porquê o comprador deverá honrar as dívidas da empresa (avaliadas em cerca de 7 bilhões), além de pagar ICMS aos cofres estaduais, algo que não vem ocorrendo nos últimos anos.
A grande questão, a meu ver, é que a CEEE não chegou a esse ponto por acidente, mas justamente por conta de um projeto de privatização praticado em todos os governos de corte liberal do RS (Britto, Rigotto, Yeda, Satori e, finalmente, Eduardo Leite), cuja premissa é sucatear as empresas estatais para a população reclamar que o serviço é ruim porquê é público, abrindo as portas para passá-las nos trocos.
Não por acaso, o governo de Olívio Dutra aprovou uma emenda na constituição estadual, prevendo a realização de plebiscito prévio a qualquer tentativa de venda do patrimônio dos gaúchos, obrigatoriedade que foi derrubada pela gestão de Leite. Sempre se soube que a venda do patrimônio público é um projeto e uma obsessão desse grupo político.
Além disso, assim como possui dívidas, a CEEE sofria com as dívidas de muitos dos seus "clientes vip", como mostra o gráfico que ora compartilho.
Ademais, mesmo que existam dívidas e pendências, penso que um especialista em gestão (como se autoproclama o Leite) deveria trabalhar para reverter esse quadro, ao invés de entregar todo esse patrimônio que faz parte da história e da luta do povo gaúcho, praticamente de graça. O bom gestor resolve e não apenas se livra do problema. O bom gestor se candidata para gerir, e não para leiloar o patrimônio público.
Especialmente porque energia é estratégico para o desenvolvimento e uma empresa sob controle público, além de cumprir um papel social e oferecer tarifas mais acessíveis para os usuários com menor poder aquisitivo, também possui a missão de chegar nos confins, algo que as empresas que visam apenas o lucro não se preocupam e jamais irão priorizar.
Como alguém dizia, é profundamente lamentável!
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