Mesmo enfrentando sequestros das contas, prefeitura paga décimo terceiro do funcionalismo
A administração municipal efetuou
sexta-feira, 13, o pagamento do décimo terceiro salário do funcionalismo
público municipal. Os pagamentos beneficiaram 478 servidores, representando um
desembolso dos cofres da prefeitura de um valor bruto de R$ 500.761,61.
O prefeito Ildo Sallaberry comemorou a
iniciativa, pelo fato do décimo terceiro salário injetar um volume de recursos
importante na economia local, mas também pelas dificuldades das administrações
em cumprir com essa obrigação. “O décimo terceiro salário é um direito justo
dos servidores que alimenta nossa economia com recursos expressivos, porém num
município como Herval, com enormes limitações financeiras devido ao perfil
econômico do município e a herança de dívidas superior a R$ 3 milhões deixada
pelo governo que antecedeu ao nosso, honrar essa obrigação nem sempre é fácil e
é motivo de comemoração”, ponderou o chefe do poder executivo.
Segundo o Secretário da Fazenda, Luís
Saraiva, “além das dificuldades normais em pagar o décimo terceiro, nesse ano a
tarefa se tornou ainda mais complicada tendo em vista a diminuição na receita
provocada pela queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios, bem
como os sequestros de recursos em contas da prefeitura realizados a partir de
decisões judiciais relativas a dívidas com o vale-alimentação dos servidores oriundas
de administrações anteriores; sequestros que alcançaram o valor significativo de
cerca de R$ 90 mil somente no mês de dezembro, algo que tirou o sono do
prefeito e ameaçou o pagamento desse benefício tão esperado pelo funcionalismo”,
disse.
De acordo com o prefeito de Herval, “em
nenhum momento a administração se negou a honrar os pagamentos desses passivos
que considero um direito legítimo dos servidores, o que buscávamos e
continuamos buscando é uma solução negociada, até porque sempre demonstramos
disposição e compromisso em superar essa pendência. O vale-alimentação foi
criado no ano 2000 e nunca foi pago nos governos passados, originando um passivo superior a R$ 1
milhão. Logo no primeiro ano da nossa gestão, em julho de 2009, retomamos os
pagamentos mensais do benefício e apresentamos ao Sindicato da Categoria –
SIMHER - a proposta de quitar o total da dívida em parcelas mensais de R$ 30
mil, devidamente corrigidas. Contudo o SIMHER não atendeu a proposta do
Executivo, esclareceu ele.
O prefeito ainda lembra o acordo
extrajudicial firmado em 2011, pelo qual a prefeitura assumiu o compromisso de
pagar o valor mensal de R$ 22.890,00 corrigidos anualmente, relativo a
processos do vale-alimentação, sendo que tal acordo não foi cumprido da parte
do SIMHER, uma vez que as ações na Justiça persistiram e o cronograma de pagamentos estabelecido ficou extrapolado, o que agora veio
originar o sequestro nas contas que podem prejudicar o cumprimento das
obrigações com o próprio funcionalismo. “Muito mais do que cumprir as sentenças
judicias, sempre demonstramos o firme propósito de garantir o direito legítimo
dos servidores, tanto que de um passivo de mais de R$ 1 milhão, de 2009 para cá, já quitamos em torno de R$ 700 mil em RPVs (Requisição de Pequeno Valor), referentes aos atrasados do
vale-alimentação. Queremos e estamos resgatando essa dívida com os servidores,
porém é preciso zerar esse passivo dentro das possibilidades financeiras e
orçamentárias da prefeitura, do contrário podemos inviabilizar a administração”,
advertiu Sallaberry.
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