Pitada filosófica
Nesses tempos em que um certo Feliciano serve-se de uma das tribunas mais plurais da nossa democracia para usar o nome de Deus em vão e pregar a intolerância com os diferentes e as diferenças, nada melhor que invocar palavras sóbrias e sintonizadas com o espírito humano, no seu verdadeiro, radical e transcendental sentido...
(Cláudio
Hences)
Ainda que o tempo amadureça o conhecimento e suavize os rancores há raiva no
sentimento de pessoas que se dizem dispostas a mudar o mundo. Não importa muito
a tendência política, se de esquerda ou de direita, suas idéias não agregam o
valor que apregoam, quer para manter ou mudar as coisas, o pensamento é de
exclusão. É necessário que os incautos entendam que o desamor nunca irá gerar o
amor, que a intolerância nunca irá fomentar a compreensão. Evidentemente que a
máxima cristã de fazer ao próximo o que desejamos para nós é falsa e
impraticável, não somos tão bons assim, mas exercitar a humildade, a tolerância
ao próximo, é uma prática possível. Há socialistas maldizendo o
capitalismo, orgulhosos de seus boicotes a certas empresas, crentes que estão contribuindo
para tornar o mundo mais justo e bom. Assim como pessoas felizes por terem
logrado alguém, malogrando sua própria honestidade, soberbos pela pilantragem
praticada. Amar o perdido deixa confundido este coração, nada pode o olvido
contra o sem sentido apelo do não. O conhecimento não serve para combater
idéias contrarias, mas para atenuar o próprio preconceito. Odiar os
homossexuais não diminui os homossexuais, apenas aumenta o ódio; acoimar os
homofóbicos não diminui os homofóbicos, apenas aumenta o achacamento. Tolerar é
mais humano que amar.
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