Seguindo sempre pelo bom caminho!



Um assunto que anda dominando a pauta de debates, é a conservação das estradas rurais do nosso município. Sempre afirmei que numa democracia as pessoas possuem o direito legítimo de se manifestar (embora a recíproca não seja verdadeira e se tente calar ou desqualificar as vozes do governo). Sempre disse também que é preciso saber separar a reclamação legítima da comunidade, daquela motivada unicamente por interesses partidários de gente que adora ver o "circo pegar fogo", muitas vezes, em problemas inventados ou amplificados para parecer maiores do que realmente são.

Desde o início, a administração municipal teve na conservação das nossas estradas rurais um de seus principais gargalos e desafios, porém esforço e trabalho nunca faltaram. Sim, quando se fala nas nossas estradas, existem inúmeros problemas reais e verdadeiros. Nunca escondemos que, muitas vezes, faltou pernas para dar conta de tudo, no ritmo ou com o alcance necessário. Entretanto, não se pode ser cruel ao ponto de não reconhecer que uma coisa é não ter condições de atender todos, ao mesmo tempo, outra é esbravejar como se estivesse de braços cruzados ou dando às costas para essa demanda vital para potencializar o nosso desenvolvimento econômico, assegurar o acesso aos serviços públicos essenciais e garantir o direito de ir e vir do homem e da mulher do campo. Diante disso, vamos aos fatos:

1) Desde o início do trabalho à frente da pasta, o atual Secretário de Obras, Rodrigo Dutra, teve seu nome cotado para compor a chapa majoritária governista, com vistas à sucessão municipal, em razão dele estar em ascensão política e apresentar ótimo desempenho em todas as funções públicas que exerceu. Esse fato, atiçou os contrários que passaram a mirar e bater incessantemente na Secretaria de Obras;

2) Já na largada do governo, patroleiros e operadores de máquinas experientes se aposentaram de suas funções, sendo que os novos contratados precisaram receber o treinamento adequado e depois contar com um tempo de prática, até poderem dar uma resposta satisfatória a esse serviço;

3) Desde o final do primeiro ano de governo, a aquisição de pelo menos uma motoniveladora zero quilômetro passou a ser uma das prioridades da gestão do prefeito Ildo Sallaberry. Nesse sentido, realizamos algumas incursões em Brasília, na tentativa de obter recursos federais para viabilizar essa compra, devido ao alto custo da pretendida máquina, pleito que depois de vários acenos, acabou não se concretizando;

4) Diante da "falha" do plano A (ao menos dentro do tempo esperado), graças ao apoio da maioria dos vereadores e à gestão pautada pela economicidade do Poder Legislativo, somada à excelente gestão e boa saúde financeira da Prefeitura (que nas mãos erradas logo ali atrás estava atolada em dívidas e sem crédito para nada), recentemente a administração municipal adquiriu a tão sonhada patrola nova, como uma medida concreta que visa acelerar o trabalho de recuperação das nossas estradas. No entanto, não existe mágica e poder fazer mais e mais rápido não significa que é possível fazer tudo;

5) Um sinal de que os contrários querem apenas bater no governo, ao invés de atacar os problemas, foi o argumento de que no lugar da compra da máquina se deveria ter contratado uma empresa para fazer esse serviço ao município. Seria o mesmo que perguntar se alguém prefere conquistar sua casa própria ou morar de aluguel. Sem contar que um serviço contratado precisa ser executado dentro de um tempo determinado, num tipo de serviço que depende de boas condições climáticas para ser feito e num município que vem sofrendo grandes estrados e prejuízos justamente em função dos eventos climáticos extremos;

6) Falando nos efeitos das mudanças climáticas, elas explicam não somente os problemas, mas também a dificuldade de manter um ritmo intenso de recuperação e melhoria das estradas não pavimentadas durante boa parte do ano. Lembremos que ano passado "choveu de a balde" várias vezes ou por um longo período a partir da segunda metade do ano, sendo que não tem estrada que resista a um volume tão grande de chuvas. Basta ver as notícias veiculadas na televisão ou na internet para constatar que esse fenômeno foi muito além da normalidade e atingiu centenas de municípios em todo o Rio Grande do Sul e em boa parte do Brasil;

7) Diante dos estragos causados pelas enxurradas e da decretação de Situação de Emergência, convém saber que o tempo de resposta também demora em função de que é preciso aguardar a ajuda da União e do Governo do Estado que recém está chegando, tendo em vista que é preciso cumprir trâmites burocráticos que apesar de serem simplificados, precisam ser cumpridos e os trechos indicados no Plano de Trabalho visando à pretendida recuperação emergencial, não podem ser objeto de intervenção da Prefeitura enquanto a ajuda solicitada não chega, sob pena dos recursos ou serviços disponibilizados "baterem na trave";

8) Lembro ainda que perto de 70 km de estradas não pavimentadas situadas no território do município são estradas estaduais e a sua manutenção faz parte da responsabilidade do DAER. Diante do abandono dessas estradas pelo DAER e ainda da insistência para recolher uma Escavadeira Hidráulica cedida pelo Governo do Estado para auxiliar no trabalho de manutenção das nossas estradas, recordemos que a prefeitura vem realizando periodicamente esse serviço que não é da sua alçada, sem receber um só centavo dos cofres estaduais para auxiliar sequer na compra de óleo diesel;

9) Ainda falando das estradas estaduais em território hervalense, vale lembrar que as mesmas chegaram a ser interrompidas por um grupo de caminhoneiros poucos anos atrás, num protesto motivado pelas suas péssimas condições de trafegabilidade e abandono por parte do DAER, num cenário que continuou, porém deixou de chegar a uma situação extrema em função da ação da prefeitura para compensar ou amenizar o citado descaso;

10) Não vou nem dizer que no período anterior a 2009 a situação das estradas de fato beirava à calamidade pública e a resposta da prefeitura na ocasião era praticamente zero, frente ao sucateamento generalizado do maquinário, a uma gestão ineficiente e temerária, bem como diante da impossibilidade da chegada de verbas federais voluntárias, uma vez que com a gestão comandada pela turma que agora banca os "salvadores da pátria", nosso município passou os 4 anos estacionado no "SPC das prefeituras". Na época eu trabalhava na Câmara de Vereadores e acompanhei de perto e com profunda tristeza os desmandos, as oportunidades perdidas e os recursos preciosos jogados pelo ralo. Eu via o então primeiro governo do Presidente Lula despejando verbas milionárias nos municípios e Herval chupando o dedo e assistindo os municípios vizinhos decolarem, enquanto ficávamos para trás e sendo jogados no fundo do poço;

11) Por fim, lembro que contamos com quase 1.000 Km de estradas rurais não pavimentadas. Só para ter uma ideia do que isso representa, é quase uma viagem de Herval a Florianópolis. O fato é que as estradas não pavimentadas foram problema no passado e sempre serão problema, já que a solução estruturante seria a pavimentação dessas rodovias, numa medida praticamente impossível até mesmo no longo prazo. Creio que nem mesmo a turma que vive de prometer o céu (para depois fazer o inferno) faria tal promessa, pois ninguém em sã consciência a levaria a sério e soaria como um deboche em relação à inteligência da nossa gente;

12) Só enfrenta problemas quem faz e não foge da raia. A questão é trabalhar sempre, valorizar os avanços e seguir correndo atrás como temos feito desde o primeiro dia de governo para ter cada vez mais e melhores condições para trabalhar e enfrentar os problemas de frente. Enquanto ou onde existem estradas não pavimentadas, sempre existirá insatisfação, falatórios, oportunismo e crueldade política e, sobretudo, razões para que os gestores sérios, atuantes, realizadores e comprometidos possam ir para cima e, mesmo não podendo fazer tudo, mostrem serviço e entreguem melhorias, ainda que elas sejam gradativas.


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