Herval que anda na frente!

Sempre que compararmos algo ou alguma coisa com o cenário ideal existente na nossa imaginação, o resultado será insuficiente ou insatisfatório. A única comparação correta é aquela que mede algo ou alguma coisa em relação a ela mesma no tempo pretérito. Isso vale para a nossa vida e também serve para analisar o desempenho de uma administração pública. Por isso, quem busca ser justo e honesto ao avaliar a gestão municipal em curso, terá que ponderar não aquilo que acredita ser o melhor dos mundos, mas a realidade histórica do nosso município, a quantas andava Herval em 1° de janeiro de 2021 e todos os avanços construídos ao longo dessa caminhada.

O governo liderado pelo prefeito Ildo Sallaberry assumiu em meio a vários picos de uma Pandemia que paralisou o mundo, foi agravada pelo negacionismo e gerou sérios efeitos em termos sanitários e econômicos. Nesse período, a saúde pública foi colocada à prova, teve que lidar com o medo da população e dos próprios profissionais da área e, muitas vezes, enxugou gelo enquanto a vacina não chegava. Serviços públicos como educação e eventos tiveram que se reinventar e recomeçar praticamente do zero. Com pouco apoio federal na época, a administração municipal precisou se virar nos 30 para assegurar a proteção social aos mais vulneráveis, diante do aumento da insegurança alimentar e do desemprego. Dos infectados pelo COVID-19, tivemos a perda de várias pessoas queridas, entre elas a então destacada Secretária de Educação, Iádia Peres. Depois da Pandemia, ainda foi preciso enfrentar os desafios e déficits da pós-pandemia. E como se não bastasse, posteriormente, ainda seria preciso lidar com os problemas, prejuízos e estragos causados ora pela seca, ora pelas enxurradas, numa sequência de fenômenos naturais extremos decorrentes do aprofundamento das mudanças climáticas.

Além do negacionismo no trato da Pandemia, o populismo da União reduzia receitas tributárias e cortava programas e investimentos essenciais nos municípios, que ficavam cada vez mais reféns do orçamento secreto e do toma lá da cá das emendas parlamentares, a fim de obter verbas federais que são direito da população e dos demais entes da federação. A atividade econômica andava em queda e a inflação em alta, situação que afetava não somente a renda das famílias, mas também encarecia o custeio da máquina pública e aumentava da noite para o dia o custo dos serviços contratados e das obras executadas pela prefeitura.

Ao contrário de 2009, quando recebeu uma administração completamente sucateada e endividada, dessa vez o prefeito Ildo herdava do seu antecessor uma prefeitura relativamente bem organizada admistrativamente, com as dívidas do passado controladas e com um bom saldo em caixa. Entretanto, nem tudo depende ou se faz com dinheiro e, de modo a aumentar o ritmo e melhorar os resultados para a população - que é a razão de existir de uma administração pública -, às vezes é preciso dar um choque de gestão e tomar decisões difíceis ou impopulares.

O trabalho do novo governo foi muito facilitado pela ocorrência de uma transição aberta e transparente, que possibilitou um diagnóstico preciso e até mesmo a tomada de algumas decisões durante essa fase. Assim, já no primeiro dia de governo, o Executivo Municipal dava o pontapé inicial no maior programa de pavimentação e execução de obras públicas da história de Herval, num esforço que continua e, até o final desse ano, deve entregar nossa cidade com quase 100% das ruas calçadas e contando com redes coletoras de esgoto. As obras que num período anterior qualificaram a ligação do centro aos bairros, chegavam nos bairros resgatando um déficit histórico em termos de infraestrutura básica, levando saúde preventiva e melhorando a qualidade de vida dos hervalenses que mais precisam. Lembro dos vídeos gravados por figuras da oposição durante a corrida eleitoral de 2020, falando da importância e prometendo realizar esse investimento que depois eles passaram a criticar duramente.

Investir em obras públicas é uma forma de movimentar a economia, mas principalmente uma maneira de melhorar as condições de trabalho dos servidores públicos e, acima de tudo, a vida das pessoas. E as obras não se limitaram ao calçamento de ruas, chegando às ampliações e reformas em espaços físicos das áreas de educação, assistência social, saúde, cultura, esporte e lazer. Governar é fazer escolhas e "se no hay plata" fica-se apenas no discurso. Portanto, todos esses investimentos não caíram do céu nem foram bancados majoritariamente pelo governo federal, como em outros tempos, sendo fruto de uma gestão profissional, do zelo no trato dos recursos públicos e de um planejamento que busca priorizar aquilo que beneficia os hervalenses como um todo.

Nenhum governo nunca fará tudo, porém basta ter olhos para ver que temos feito tudo que é possível para tornar Herval melhor, mais próspero, mais justo, mais inclusivo, mais belo e com um protagonismo cada vez maior. Basta ter uma pequena dose de generosidade para reconhecer que estamos no caminho certo e numa posição muito melhor hoje do que estávamos num passado não tão distante. Depois de dois anos consecutivos na liderança, no último ano seguimos no top 5 dos municípios da região que mais realizam investimentos na comparação com a sua receita. Estudo recente elaborado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, denominado índice Firjan de gestão fiscal, apontou Herval na primeira colocação entre os municípios da Zona Sul, registrando índices de excelência em Gastos com Pessoal, Investimentos e Liquidez, além de um de Boa Gestão (Autonomia).

Depois de feito o difícil parece fácil, mas o fato é que chegamos nesse resultado enfrentando muitas tempestades e bastante vento contrário. Por tudo isso, dá um orgulho imenso ser hervalense. Pela certeza de se estar fazendo a coisa certa, dá um ânimo ainda maior para avançar nesse trabalho, dar novos passos rumo ao desenvolvimento do nosso município e construir dias cada vez melhores para a nossa gente.