Fiel da balança
Não é de hoje o Partido dos
Trabalhadores tem cumprido o papel de fiel da balança diante do cenário
político local. Ou seja, se por um lado a sigla ainda não desenvolveu
musculatura suficiente para se tornar um dos polos da disputa pelo poder no
âmbito do município; por outro, os números dos últimos pleitos mostram que a
posição do PT tem sido ou pode ser decisiva para o resultado das eleições. Alguém
duvida? Então, vamos aos números.
Em 2008, uma frente ampla de
partidos encabeçada por Ildo Sallaberry (PP), venceu a corrida eleitoral
somando 2.248 votos, tendo como segundo colocado Roque Oliveira do PT, com 427,
já que o candidato do PDT, Marco Aurélio Camarão, teve sua candidatura cassada naquela ocasião em razão de crime eleitoral cometido na campanha eleitoral,
ficando oficialmente com sua votação zerada. Contudo, em sendo contabilizados
os votos dados à chapa pedetista e, somando-se esses aos votos dados à candidatura
do PT, Sallaberry teria ficado atrás nessa disputa.
Em 2012, contando com o apoio
e os votos do Partido dos Trabalhadores na coalizão de partidos vitoriosa em
mais um pleito, Ildo Sallaberry foi reeleito contabilizando 2.670 votos, contra
1.885 de Jackson Xavier, candidato do PDT e das forças oposicionistas. Ou seja,
um acréscimo de 422 votos na comparação com a corrida eleitoral anterior, o que praticamente equivale à votação do PT que
concorreu com candidatura própria nas eleições de 2008.
Na eleição seguinte, 2016, em
termos de coalizão de partidos as forças políticas praticamente seguiram as
mesmas em ambos os lados, com a chapa vitoriosa encabeçada por Rubem Wilhelnsen
alcançando 2.473, contra zero votos do candidato adversário (novamente Jackson
Xavier), cujo registro depois de ter sido julgado pela Justiça Eleitoral após a votação,
teve sua candidatura indeferida e os respectivos votos que recebeu considerados
incomputáveis. O fato é que, com base nos números dos dois pleitos anteriores,
mais uma vez os votos do Partido dos Trabalhadores se revelaram decisivos para
o resultado ou ao menos para a diferença de votos registrada entre a chapa
vencedora e a candidatura derrotada nas urnas.
Ademais, o PT também tem se
mostrado o fiel da balança na composição do Legislativo. Em 2004, o grupo
político vencedor elegeu 5 vereadores, contra 3 da coalizão partidária derrotada
e um representante do PT. Em 2008, Ildo foi eleito contando com 4 vereadores em
sua base de apoio, contra 4 da oposição, além de um representante do PT.
Em 2012, o PT não elegeu representante e a composição da Câmara de Vereadores
ficou 5 contra 4, favorável ao governo. No último pleito de 2016, o PT voltou a
eleger um vereador, sendo que os demais partidos da base governista elegeram 4
representantes e a oposição (leia-se PDT) outros 4.
Portanto, além do fato de ter
se revelado nos últimos anos como um ator importante no cenário político-administrativo
local, contando com quadros destacados, com um acúmulo respeitável de trabalho
e de formulações não apenas no Executivo, mas também no Legislativo, os
números demonstram que o Partido dos Trabalhadores também vem sendo decisivo e se
configura como verdadeiro fiel da balança eleitoral em Herval. Os números não
mentem, porém o jogo político é algo muito dinâmico, com muitas idas e vindas, e o futuro sempre a Deus
pertence.
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