Viva Herval!

 


Herval é uma espécie de final de linha e somente vem até aqui quem realmente precisa. Sim, isso traz adversidades, mas também é uma de nossas maiores riquezas. Essa característica torna nossa terrinha uma espécie de paraíso perdido ou funciona como um tipo de barreira para que não venhamos a ser "corrompidos" pela pressa, atropelos e friezas da civilização contemporânea.

Como diz o deputado estadual, Zé Nunes, "Herval é a terra mais gaúcha do Rio Grande", na medida que conserva valores e um modo de vida que se perdeu na maioria dos lugares. Por exemplo, aqui mesmo fora das datas de festejos gauchescos, se pode ver alguém montado a cavalo pelas ruas da cidade; aqui os comunicados de falecimento são feitos através de um carro de som que roda por toda a nossa terrinha; aqui se recebe o estranho como um velho conhecido ou membro da família; aqui as casas antigas denunciam que já contamos muitos anos de história e convidam a conservar nossas raízes; aqui se preserva o costume de cumprimentar as pessoas na rua e chamá-las pelo nome... 

Certa vez, numa apresentação em nossa terra, o cantor Pedro Munhoz - como alguém viajado que é -, fez questão de ressaltar que aquilo que parecia atraso, talvez fosse o que nos colocava à frente de muitos lugares. Que a calmaria e o ar informal e nostálgico de Herval, era como um tesouro e um refúgio num mundo cada vez mais veloz, neurótico, violento, predatório, tecnológico, com trânsito caótico e sem calor humano.

O problema é que muita gente vive ou olha para a nossa terra e espera encontrar aquilo que existe nas metrópoles, sendo que somos e sempre seremos uma comunidade rururbana, na qual a natureza ainda predomina e o contato direto entre as pessoas ainda é a principal rede social e a simplicidade e a casualidade é o principal atrativo e ponto de encontro.

Sim, nós podemos e precisamos evoluir, mas evoluir preservando a nossa essência e não transplantando outras culturas ou empreendimentos para cá.

Sim, precisamos progredir mais e mais, sabendo que nem todo progresso material é positivo e que quando se fala em desenvolvimento, a iniciativa privada também precisa dar a sua parcela de contribuição, pois o público possui suas prioridades, amarras e limites. Gramado e Canela, por exemplo, que se transformam em potências em termos de turismo, chegaram nesse patamar, em grande parte, graças à iniciativa e aos pesados investimentos em empreendimentos particulares.

Sim, é preciso ir além e encurtar distâncias. Por isso, a administração municipal está engajada, há vários anos, na construção da Transcampesina. Rodovia que pretende ligar Herval a Aceguá, formando um corredor alternativo para acesso ao Super Porto de Rio Grande, criando uma nova rota para chegar ao Uruguai e tirando-nos da condição de fim de linha. 

Precisamos tornar nossa cidade ainda mais acolhedora e atrativa para os hervalenses e visitantes. Por isso, a administração municipal elaborou projeto e vem correndo atrás de recursos para realizar a revitalização do nosso Parque Aquático que, antes da  passagem do prefeito Ildo pela gestão pública, era um espaço privado e para uso exclusivo dos associados do Clube Comercial.

A meta é transformar Herval no melhor que ele pode ser, utilizando as ferramentas, recursos e capital humano que dispomos, e não sucumbir diante de modismos ou estrangeirismos nem se deixar arrastar por ondas que passam, mas sempre roubam a essência, as riquezas e valores de um povo!

O campo é a nossa principal indústria, a vida simples é a nossa grande fortuna, a hospitalidade é nosso mais importante atrativo, a natureza é nosso mais famoso cartão postal!

Viva o nosso jeito único de estar no mundo!

Viva Herval!

Viva o povo hervalense!

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