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Comentário sobre os 33 anos de O Herval e os 100 dias do governo Celso

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  Ao completar 33 anos ininterruptos de circulação, o jornal O Herval se consagra como um dos maiores patrimônios da cultura e da história hervalense. Uma data para ser celebrada por toda a nossa comunidade e digna de todos os aplausos. Afinal, não é fácil manter um periódico vivo durante mais de três décadas, especialmente numa cidade de pequeno porte e distante dos grandes centros urbanos. Uma tarefa que se tornou ainda mais desafiadora diante do avanço e predomínio do mundo virtual, no qual os registros impressos a cada dia perdem espaço para a digitalização e o papel, que num passado  recente reinou absoluto no universo do registro formal dos atos ou noticioso dos fatos, tende a virar peça de museu. Parabéns e obrigado ao seu Luiz e familiares por esta façanha, fruto de muita persistência e que se traduz num magnífico gesto de amor pela nossa Sentinela da Fronteira! Em relação aos primeiros 100 dias da gestão capitaneada pelo prefeito, Celso Silveira, digo que um governo n...

Viva Herval!

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  Herval é uma espécie de final de linha e somente vem até aqui quem realmente precisa. Sim, isso traz adversidades, mas também é uma de nossas maiores riquezas. Essa característica torna nossa terrinha uma espécie de paraíso perdido ou funciona como um tipo de barreira para que não venhamos a ser "corrompidos" pela pressa, atropelos e friezas da civilização contemporânea. Como diz o deputado estadual, Zé Nunes, "Herval é a terra mais gaúcha do Rio Grande", na medida que conserva valores e um modo de vida que se perdeu na maioria dos lugares. Por exemplo, aqui mesmo fora das datas de festejos gauchescos, se pode ver alguém montado a cavalo pelas ruas da cidade; aqui os comunicados de falecimento são feitos através de um carro de som que roda por toda a nossa terrinha; aqui se recebe o estranho como um velho conhecido ou membro da família; aqui as casas antigas denunciam que já contamos muitos anos de história e convidam a conservar nossas raízes; aqui se preserva o ...

O novo sempre vem!

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Meus avós paternos são oriundos do campo, da localidade das Alegrias, interior das antigas Cacimbinhas ou Pinheiro Machado. Meus avós maternos também são originários da zona rural, da localidade do Bote, quase na divisa com o Uruguai. Portanto, meus pais também são crias do campo e conheceram as delícias, desafios e dificuldades da vida e das lidas terruneas. Eu mesmo cheguei a ter um breve contato com esse universo durante a minha infância. Naquele tempo, a água era exclusivamente de cacimba e puxada de a balde. Energia elétrica nem pensar e a iluminação noturna das casas, ranchos e galpões eram feitas por luz de lampião. Mesmo os animados bailes de campanha se davam na penumbra. As estradas eram corredores de tropa e veículos movidos a motor eram uma raridade. Basicamente o ônibus que fazia a linha regular até a cidade, como o famoso ônibus do Alamir. Televisão, internet, redes sociais e celular eram coisa de outro mundo e bichos de sete cabeças, que ainda nem se supunha que pudessem...