Herval virou o jogo, mas não somos um “novo rico”

 

Lembro que em 2009, ao assumir o comando de um município endividado, sem crédito para comprar sequer um parafuso, completamente desorganizado administrativamente e estacionado no “SPC das prefeituras”, o prefeito Ildo Sallaberry comentou que estava herdando uma “lavoura cheia de pepinos”, mas ao invés de dar desculpas ou apontar culpados, ele iria descascar um por um e trabalhar incansavelmente para colocar Herval no patamar que os hervalenses precisavam e mereciam.

Dito e feito. Fruto de muito trabalho, ousadia e a união acima das siglas partidárias, do credo, da condição social, das questões de raça, gênero ou orientação sexual daqueles que querem o melhor para a nossa terra; hoje respiramos os ares do progresso e nos tornamos referência em termos de administração pública. Contudo, a oposição que antes se pautava pelo “quanto pior melhor” e já mudou a narrativa contrária incontáveis vezes, atualmente reconhece que Herval está bombando, porém quer fazer crer que a prefeitura virou uma espécie de “novo rico”, que sobra dinheiro e quando alguma coisa não acontece é exclusivamente por falta de vontade política do prefeito (eis o que dizem).

Sem dúvida, a condição financeira do nosso município cresceu muito nos últimos anos. Recuperamos a capacidade de investimento e o espírito realizador da prefeitura, o que se deve às decisões acertadas (algumas amargas) do comando do governo, alicerçadas numa gestão proativa e responsável; num planejamento eficiente e com olhar realista; numa equipe administrativa e técnica comprometida e competente; num time de servidores valorizados e com um papel protagonista e diante de um trabalho político altivo e persistente que asseguraram a conquista de um volume acentuado de investimentos públicos, oriundos de verbas voluntárias da União e do Governo do Estado.

Isso sem contar o compromisso, a habilidade e a credibilidade para negociar e quitar gradativamente os milhões de reais herdados do passado em dívidas trabalhistas e com fornecedores e prestadores de serviço, recuperando o status de bom pagador e fazendo com que agora existam mais verbas disponíveis para investimento com recursos próprios. Some-se a isso, o zelo no trato de cada centavo do dinheiro público e a política de gastar apenas aquilo que entra efetivamente nos cofres da administração municipal.

Assim, a receita corrente líquida saltou de R$ 9.904.630,04 em 2008, para os R$ 34.001.468,55 registrados em 2021. Não é atoa nem obra do acaso que ano passado, Herval foi o município da região que realizou o maior montante de investimentos em relação à receita, num total R$ 7.905.232,55, o que corresponde a um percentual de 21,67% das despesas totais. É a prefeitura cuidando bem das contas públicas para cuidar melhor das pessoas!

Graças ao projeto de desenvolvimento em curso, Herval está bombando com investimentos em todas as áreas e em cada canto do município. Mesmo assim, atravessamos um cenário interno no país e internacional de grandes incertezas e enormes riscos. Ademais, nosso município possui gargalos importantes, como a estiagem recorrente e o fato de “sermos uma espécie de final de linha”, que criam um ambiente desfavorável aos negócios e ao fortalecimento da atividade econômica local, fazendo com que sejamos muito dependentes das transferências constitucionais e das decisões políticas tomadas nos Palácios do Planalto e Piratini.

Sob a batuta do prefeito Ildo Sallaberry, nosso município decolou, porém calma e canja de galinha não fazem mal a ninguém. Além disso, apesar do clima de otimismo e dos avanços a olhos vistos, ainda falta muito por fazer, o poder público não possui nenhuma fábrica de dinheiro e estamos muito longe da condição de município rico ou autossuficiente quando se fala em promover os investimentos públicos que a população pede e necessita. Juntos, com criatividade, sem medo dos desafios e os pés no chão, ninguém segura e ainda faremos muito, mas nunca será possível fazer tudo!