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Mostrando postagens de julho, 2017
Ato político
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O velho e sempre atual Karl Marx lá atrás já havia sentenciado: a história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa. No caso brasileiro essa máxima se encaixa como luva. Primeiro a tragédia do golpe militar, agora a farsa golpista que tomou o poder de assalto num "grande acordo nacional" para tirar Dilma e colocar o Michel, envolvendo o Supremo e tudo mais, conforme revelou a gravação na qual Romero Jucá escancara não apenas a decisão política, mas o roteiro e os "parças" do golpe. Pena que o povo brasileiro não conhece a história e prefere caminhar tresloucadamente em busca de um eventual salvador da pátria. Pena que o povo brasileiro não conhece as engrenagens, os limites e inimigos do poder para quem se atreve a diminuir minimamente as desigualdades no Brasil e dá asas para raposas cuidar do galinheiro. Pena que o povo brasileiro não sabe distinguir os lados que disputam o poder e os personagens que compõem a nossa história, dei
Licença poética
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Peço licença novamente para entregar-lhes outras palavras simples e sutis, arrancadas do fundo do baú do meu ser e inspiradas na minha musa imaginária... Vamos sair para passear. Vamos sair para dançar. Vamos sair para jantar. Vamos sair para cantar no karaokê. Vamos caçar Pokémon... O programa pouco importa, pois o melhor é tua companhia e fazer parte dos teus planos.
Ato político
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“O grande problema do Brasil é o serviço e os servidores públicos”, já diziam os badaladores do “estado mínimo” na década de 1990. Para eles quanto menos estado, mais eficiência e justiça para todos. O estranho é que após a enxurrada de privatizações promovida por FHC e seus seguidores, como Britto no RS, o resultado foi exatamente o oposto. O mesmo se verificou em todos os países do mundo que seguiram essa receita, a exemplo da Argentina. Os próprios Norte Americanos defendem o estado mínimo apenas para os outros, já que eles criaram inúmeras estruturas e mecanismos visando que o público pudesse contrapor ou até mesmo frear o excesso de interesse privado nas relações e negócios. Na prática, o estado mínimo aumenta o fosso que separa ricos de pobres, além de ferir de morte a estrutura estatal restante, uma vez que não raro os privatistas entregam para meia dúzia de investidores uma mina de lucros (vide o caso da Vale) enquanto o conjunto da sociedade herda as dívidas e ainda preci
Momento poético
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A AUSENTE (Vinícius de Moraes) Amiga, infinitamente amiga Em algum lugar teu coração bate por mim Em algum lugar teus olhos se fecham à ideia dos meus. Em algum lugar tuas mãos se crispam, teus seios Se enchem de leite, tu desfaleces e caminhas Como que cega ao meu encontro... Amiga, última doçura A tranquilidade suavizou a minha pele E os meus cabelos. Só meu ventre Te espera, cheio de raízes e de sombras. Vem, amiga Minha nudez é absoluta Meus olhos são espelhos para o teu desejo E meu peito é tábua de suplícios Vem. Meus músculos estão doces para os teus dentes E áspera é minha barba. Vem mergulhar em mim Como no mar, vem nadar em mim como no mar Vem te afogar em mim, amiga minha Em mim como no mar...
Pensar é preciso
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O caçador e seu troféu (Luís Fernando Veríssimo) Nada contra Moro, o justiceiro da República. Mas não posso deixar de pensar nele como um caçador na sua sala de troféus, cercado pelas cabeças de suas presas. Nesta parede, a cabeça de um tigre, na outra, a de um leão, na outra, a de um búfalo. E agora, num lugar de destaque, a cabeça do Lula. Moro pode muito bem dizer que nenhuma presa lhe exigiu mais coragem e sangue frio, daí seu lugar de destaque na parede. Que fera seria o Lula? A cada animal abatido pelo nosso destemido caçador corresponde uma biografia e uma justificativa para sua queda. Ao contrário do búfalo, por exemplo, que só morreu porque o caçador acertou o tiro, a razão para abater o Lula é complicada. Foi para afastá-lo definitivamente da eleição de 2018? Foi pela sua biografia como líder do primeiro governo a enfrentar a oligarquia e distribuir renda na história do Brasil? Foi (a razão do caçador) porque ganhou um apartamento tríplex que nunca ocupou? De qu
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Peço licença uma vez mais para entregar-lhes novas palavras simples e sutis, arrancadas do fundo do baú do meu ser e inspiradas na minha musa imaginária... O dia acordou nublado, mas bastou colocares o pé na rua para o céu limpar. Nem o sol quer perder o espetáculo que é te admirar da cabeça aos pés.
Ato político
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Segundo ensina uma lei elementar da física, “toda ação gera uma reação igual e contrária”. Neste sentido, o golpe na democracia e numa presidenta honesta e legitimamente eleita pelo voto popular não poderia produzir bons frutos, como propugnavam os incautos e oportunistas de plantão. Além de golpear a democracia, o golpe que continua em curso no país, também golpeia de morte aqueles que mais precisam com a retirada de direitos que garantem o mínimo de dignidade aos pobres, bem como ajuda a roda da economia a girar, sobretudo, nos “grotões” desse imenso e insano Brasil. Para aqueles que ingenuamente esperavam algo melhor com o golpe, agora se deparam e outros tantos ainda fingem não ver que estamos diante de um dos piores Brasis de todos os tempos, sendo que o pior está por vir, na medida em que os remédios amargos aplicados por Temer e seu bando de ladrões (ladrões de dinheiro, do poder e da esperança do país avançar) começarem a fazer efeito. Sou um otimista inveterado, mas
Momento poético
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VERBO SER Carlos Drummond de Andrade Que vai ser quando crescer? Vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um nome? Tenho os três. E sou? Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito? Ou a gente só principia a ser quando cresce? É terrível, ser? Dói? É bom? É triste? Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas? Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R. Que vou ser quando crescer? Sou obrigado a? Posso escolher? Não dá para entender. Não vou ser. Vou crescer assim mesmo. Sem ser Esquecer.
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Como ensina o grande Humberto Gessinger, ao contrário de outras épocas, o problema maior do nosso tempo não é o silêncio, e sim o excesso de fala. É todos opinando sobre tudo ao mesmo tempo, como se grandes entendedores ou estudiosos de diferentes assuntos fossem, com o amparo e guarida das redes sociais. Numa sociedade evoluída moral e economicamente, massificação das redes sociais significa mais portas abertas para a evolução social e humana. Nas sociedades degradadas, a massificação das redes sociais, pode representar simplesmente a exposição pública exacerbada das misérias e vísceras nossas de cada dia, além do culto desenfreado a tolice. Simples e óbvio assim. Portanto, nesses tempos macabros que a insanidade anda solta, no qual tolos se auto-proclamam formadores de opinião (ou seria deformadores?), é preciso escolher cuidadosamente as palavras e também ter prudência e cautela no momento de decidir a quem dar VOZ. Muitos ignoram a sabedoria que ensina que “as únicas palav
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Peço licença uma vez mais para entregar-lhes novas palavras simples e sutis, arrancadas do fundo do baú do meu ser e inspiradas na minha musa imaginária... Meu mundo cabe nas tuas mãos, amada minha. Podes girar a vontade. Peço apenas que não me deixes de cabeça para baixo por muito tempo durante a rotação. Pois existe o risco do meu olhar deixar escapar os melhores ângulos da tua beleza.