Licença poética
Peço
licença outra vez para entregar-lhes novas palavras simples e sutis,
arrancadas do fundo do baú do meu ser e inspiradas na minha musa imaginária...
Olho as horas. Olho minhas rugas no espelho. Olho minhas mãos cansadas e quentes. Olho pela janela do meu quarto. Olho a rua da porta de casa...
Olho as pessoas que passam apressadas. Olho o
louco de certo andando sem pressa na direção de um destino incerto. Olho as
crianças fazendo birra e povoando a rua de alegria...
Olho o céu. Olho o sol. Olho a lua. Olho as
estrelas. Olho a algazarra de dois gatos engalfinhados. Olho o cãozinho de rabo
abanando que não para de brincar ao meu redor. Olho os passarinhos espalhando
encanto e cantoria pela paisagem.
Olho e reolho as fotos da minha musa amada.
Olho o nada e lembro a nudez e da alma leve e desnuda do meu amor. Olho e nada
dela chegar para se abrigar nos meus braços...
Olho e tudo me remete àquele olhar que me fez
acordar para o melhor da vida e compõe uma linda canção com os acordes do meu
coração.
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