Licença poética
Peço licença uma vez mais para entregar-lhes novas
palavras simples e sutis, arrancadas do fundo do baú do meu ser...
Andar com fé eu vou,
infinita fé até o infinito...
Fé no criador, nas
criaturas (mesmo as que não são dignas de fé).
Fé em mim, nos meus
versos e avessos.
Fé na beleza das
flores, na leveza e inocência das crianças.
Fé no bom que brota
das coisas ruins.
Fé que o amor sempre
será maior que os males do mundo.
Fé nos bichos, nas
plantas, nas frutas, no orvalho, no fogo, nas teias que ligam afetos, nas águas
que transbordam e inundam o planeta de líquidos preciosos.
Fé no ronco dos
motores, na fibra dos músculos, nas ferramentas tecnológicas, no wayfay, no
canto dos pássaros, na paz, na força do abraço.
Fé nos corpos que
aproveitam o melhor do prazer sem sucumbir perante a fraqueza da carne.
Fé nas sementes que
nascem dos livros e nas mentes que lavram a terra.
Fé nas mãos que
lavam, aliviam, afagam, alimentam, curam, marcam, apedrejam, matam e partejam
vidas.
Fé na sede de fé que
nunca sacia nem cega diante dos falsos profetas.
Andar com fé eu vou,
que a fé não costuma faiá!
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