O governo que recuperou o orgulho de ser hervalense
Chegamos ao último ano desta administração municipal com grandes desafios a serem vencidos, mas também com inúmeras conquistas para comemorar e muitos motivos para nos orgulhar. Eu poderia listar uma gama enorme de feitos já realizados ou em fase de execução. No entanto, minha intenção aqui e agora é me reportar a uma das maiores, se não a maior obra do governo em curso, poucas vezes comentada ou mencionada sem a ênfase merecida. Falo do resgate da capacidade realizadora da prefeitura e da autoestima de todos nós.
Lembro-me que no ano de 2006 representei a Câmara Municipal em reunião promovida pelo Tribunal de Contas do Estado em Porto Alegre, com a participação da maioria dos municípios do RS. Para o espanto e a mais completa vergonha minha e das duas colegas que me acompanhavam na ocasião, o nome de Herval apareceu diante de todos, num telão imenso, como exemplo de gestão temerária e de tudo o que não deve ser feito em termos de contabilidade pública. Como hervalense que ama esta terra, me senti a pior pessoa do mundo naquele momento, mesmo não tendo nenhuma responsabilidade sobre aquele quadro patético e de trapalhadas mostrado para o deboche das gentes de todo o Rio Grande.
Outro episódio lamentável foi o fato da nossa prefeitura ter ficado estacionada no Cadin durante praticamente toda a gestão anterior. Episódio que além de demonstrar uma incrível incapacidade de gestão, impediu a chegada ao município de vários milhões em investimentos oriundos do governo do então presidente Lula. Sem falar nos atrasos frequentes ou mesmo dívidas com fornecedores, que levaram a perda total da credibilidade da administração da época, dando-lhe o título de péssimo pagador. O problema é que o passivo deixado para ser honrado ao longo desses quatro anos não é apenas financeiro, mas especialmente social. Ou seja, ações em favor do povo não se fazem com discurso, mas com investimentos concretos. E os investimentos que faltaram ali atrás ainda se refletem no presente do paço municipal e das nossas vidas.
Por sorte, ao invés do queixume, de alimentar vícios históricos e de empurrar os problemas com a barriga, o prefeito Ildo preferiu se consagrar como hábil administrador e respeitável estadista. Assim, desde o primeiro dia de governo vem comandando um trabalho sério e inédito, baseado na recuperação do crédito e da capacidade empreendedora da prefeitura, no combate ao desperdício e no fim dos privilégios e favorecimentos; na modernização do município e na melhoria das condições de vida das pessoas (independente de cor partidária), na valorização de quadros políticos e administrativos desprezados pelo jogo mesquinho do poder, no resgate gradativo da dívida contraída com os servidores e com a sociedade em geral e na criação de uma nova cultura em torno da própria política. Tudo isso somado, recuperou a confiança no governo e o nosso orgulho de ser hervalense.
Sem dúvida, ainda há muito para fazer, mas as realizações também são inúmeras e muitas até impensadas diante do quadro desolador pintado anteriormente, e aqui não se trata de culpar o passado pelo que ainda não foi feito. O fato é que um governo nunca começa do zero. Além disso, um governo deve ser comparado com a realidade administrativa anterior e nunca com um ideal de administração. Aliás, problemas sempre irão existir, seja na vida pública ou nas nossas vidas particulares. A diferença está entre quem esconde os problemas debaixo do tapete ou se esconde deles e quem enfrentá-os para o bem de todos. Pois a postura de enfrentar os problemas com coragem foi a adotada pela gestão atual e, a julgar pelas últimas enquetes da opinião pública, a imensa maioria da população tem aplaudido essa forma de administrar que recuperou o papel protagonista da prefeitura e a autoestima de todos nós.
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