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Mostrando postagens de abril, 2011

Rir é o melhor remédio

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Música para os meus ouvidos

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Por razões de trabalho, me encontro respirando os ares da capital de todos os gaúchos e gaúchas. E os ares porto-alegrenses, sopraram em minha alma uma canção esplendida do sempre esplendido Nei Lisboa. Embarquemos, então, nas asas deste “romance”, inspirados pelos ares da bela Porto Alegre.  

Osmar e o Herval

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Segundo o pensamento “Osmarhenciano”, quase duzentos anos depois da sua fundação, Herval continua demasiada e umbilicalmente ligado em suas origens históricas. Ou seja, os fazeres e o horizonte das gentes desta terra, ainda guardariam marcas muito fortes da monarquia fundante deste pedaço de chão encravado no Pampa Gaúcho. Meus escritos, por óbvio, não tem a pretensão nem a possibilidade de promover um resgate da formação histórica do município de Herval. Além de espaço me faltam conhecimentos. O fato, e falando muito sucintamente, é que Herval nasceu e foi sendo criado como um dos mais legítimos “amigos do rei”. Isto é, este torrão gaúcho nasceu de um acampamento militar cuja principal missão era povoar este território como forma de mantê-lo sob o domínio da então toda poderosa Coroa Portuguesa. Desta forma, Rafael Pinto Bandeira, que era homem mui amigo e da confiança da corte Lusitana (e me corrijam se eu estiver errado), foi recebendo o aval e muitas benesses para formar uma l

Osmar e eu...

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Devo muito a Osmar Hences, mais até do que eu mesmo imagino. Lembro-me e me orgulho em propagar o quanto ele teve influência em minha vida: nas sugestões de leituras; na leitura amorosa e crítica de meus escritos; na insistência para que a poesia fosse incluída no meu cardápio de leituras, como um meio de tornar meu texto mais leve e breve; na audição compartilhada de boa música; nas conversas pedagogicamente despretensiosas acerca da vida e das cercas da vida; nas muitas horas doces acompanhadas de um mate amargo; na valorização do meu ser como gente, eu que muitas vezes andei abandonado, inclusive por mim mesmo... Por tudo isso, acabamos nos tornando por alguns anos quase como irmãos siameses. O laço que nos unia era um misto de alma e visceralidade, algo que a ignorância ou a mesquinharia alheia talvez confundisse e supusesse tratar-se de alguma ligação sexual. Longe disso, nosso único prazer advinha da nossa comunhão dialógico-reflexiva. Nada mais. Quem pensar ou pensava ao contrár

Osmar Hences: laços e lições

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Este próximo sábado, dia 30 de abril de 2011, marca o segundo ano da viagem feita pelo “sor Osmar” para a vida que existe depois desta vida. Uma viagem, pela hora e da forma ocorrida, que suponho ter sido realizada muito a contragosto. Mas como diria meu velho pai, “pra morrer basta estar vivo”. Ou como acredito: “morrer é uma forma de se libertar do cárcere da mundaniedade para jornadear ao mais fundo de nós mesmos, tendo como chão e horizonte a imensidão do cosmos”. Quero aproveitar esta ocasião para lembrar novamente a importância do Osmar não apenas para mim, mas para esta terra do Herval. Em outras oportunidades, tratei de registrar tal importância, movido e guiado pela veia poética brotada do terreno do sentimento que nos irmanava. Desta feita, no entanto, pretendo fazê-lo precipuamente sob a batuta do pensamento, uma vez que as reflexões “Osmarencianas” são demasiado importantes e não podem ser apagadas pela ausência da sua presença física entre nós. Para facilitar as coisa

Pitada filosófica

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Chamemos a inolvidável Madre Teresa de Calcutá para brindar-nos com a “pitada filosófica” de hoje: “Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba. Não ame por admiração, pois um dia você se decepciona. Ame apenas, pois o tempo nunca pode acabar com um amor sem explicação”. “... Se você vive julgando as pessoas, não tem tempo para amá-las...” “É fácil amar os que estão longe. Mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado”. “O que eu faço, é uma gota no meio de um oceano. Mas sem ela, o oceano será menor”. “Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz”. “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas”. “Todas as nossas palavras serão inúteis se não brotarem do fundo do coração. As palavras que não dão luz aumentam a escuridão” “O dever é uma coisa muito pessoal; decorre da necessidade de se entrar em ação, e não da necessidade de insistir com os outros para que façam qualquer coisa”.

Música para os meus ouvidos

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Atendendo a pedidos, trago até vocês a deliciosa “Saudosa maloca”, no embalo saboroso dos “Demônios da garoa”... Coisa boa é a boa música. Né não?

Achados, perdidos e breve proposta de republicanização

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Penso que o Partido dos Trabalhadores do RS teve a sabedoria e a virtude de saber se reinventar. O que é diferente de simplesmente camuflar-se ou, pior, trajar-se com outras cores. Não, depois de muitos reveses e de uma longa pregação no deserto, os petistas vestiram-se com o manto da humildade e passaram a perceber algumas coisas essenciais. Entre elas: é preciso analisar interna e profundamente as causas das derrotas, ao invés de apenas acusar histericamente a suposta malandragem dos adversários; não basta se apresentar como arauto dos pobres, e ao mesmo tempo verter o fel da empáfia ou empunhar a bandeira do desprezo a quem sabe empreender economicamente. Infelizmente não se pode dizer o mesmo sobre o Partido Democrático Trabalhista em Herval. Nessas poucas e porcas linhas não cabem um apanhado histórico mais preciso. Mesmo assim, me arrisco a dizer que o maior partido local, e mais do que isso, o partido que sempre escudou as lutas do povo pobre desta terra, parece ter perdido seu

Sessões da Câmara voltam a ser transmitidas pela rádio

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As sessões da Câmara Municipal voltaram a ser transmitidas ao vivo pelas ondas da Rádio Comunitária Herval FM 104.9, semanalmente no horário das 18h às 20h. As transmissões foram retomadas no último dia 19/4, e atendem a um anseio antigo da maior parte da comunidade hervalense, que sempre cobrou a volta dessas transmissões. Segundo o presidente do Legislativo Municipal, vereador Claudiomor Inhaia (PT), a retomada das transmissões das sessões legislativas pela Rádio era uma das metas da sua gestão. Claudio ainda salientou que esta é uma conquista de toda a comunidade, viabilizada a partir da contribuição de sete dos nove vereadores, os quais ratearam e irão arcar com o custo cobrado pela Rádio para levar ao ar a transmissão das sessões. As sessões não vinham sendo transmitidas porque a legislação das rádios comunitárias impede que o Poder Legislativo custeie as despesas de transmissão com verbas do seu orçamento. Nesse sentido, a forma encontrada foi retomar tais transmissões com o valo

Licença poética

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Peço-lhes licença novamente para trazer à baila uns versos simples, mais uma vez arrancados do fundo do baú do meu ser e inspirados na minha musa imaginária: Tua alma emana claridade e luz, enquanto teu coração se derrama em afeto. Teus passos conduzem às alturas do teu ser e convidam a um vôo pelo céu incandescente do sorriso teu... Teu brilho só não nota quem não quer. Teu carinho só não sorve quem não sabe sentir... E se é preciso poetar para falar de ti, é porque a palavra é pobre perto da tua alva presença E também pela impossibilidade de colocar-te no hol dos relês mortais!

A palavra é gente

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O professor Osmar Hences tinha uma preocupação quase visceral com a cultura. Com a cultura não necessariamente em termos de erudição, mas enquanto capacidade criadora de um povo. Como aquilo que nos diferencia e, ao mesmo tempo, nos insere de forma única, soberana, no contexto cultural de todo o globo. Segundo suas palavras, “cultura é o jeito de ser de um povo. Como ele fala, como se veste, como tempera sua comida, como enfeita sua casa, como recebe o estranho que chega. Neste sentido, não há povo sem cultura, como não há cultura sem povo”. Uma de suas principais preocupações em relação à cultura foi sempre o resgate e a preservação da cultura linguística do nosso povo. Das expressões, palavras e ditos que traduzem e fazer luzir a nossa cultura. Em razão disso, inauguro um novo espaço no blog do Toninho, voltado ao resgate/registro linguístico das falas que, se não são obrigatoriamente nascidas aqui, foram adotadas e calorosamente incorporadas ao falar deste chão. E o faço não como ho

Momento poético

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Se te queres matar (Fernando Pessoa) Se te queres matar; por que não te queres matar? Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida, Se ousasse matar-me, também me mataria... Ah, se ousares, ousa! De que te serve o teu mundo interior que desconheces? Talvez, matando-te, o conheças finalmente... Talvez, acabando, comeces... E não cantes, como eu, a vida por bebedeira, Não saúdes como eu a morte em literatura! Fazes falta? Ó sombra fútil chama da gente! Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém... Sem ti correrá tudo sem ti. Talvez seja pior para outros existires que matares-te... Talvez peses mais durando, que deixando de durar... A mágoa dos outros?... Tens remorso adiantado De que te chorem? Descansa: pouco te chorarão... O impulso vital apaga as lágrimas pouco a pouco, Quando não são de coisas nossas, Quando são do que acontece aos outros, sobretudo a morte, Porque é coisa depois da qual nada acontece aos outros... Primeiro é a angústia, a surpresa da vinda Do mistério e d

Música para os meus ouvidos

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Música para os meus ouvidos de hoje, nos trás uma palhinha da composição e voz singulares de Cartola. Cartola: magistral, magnífico, majestoso e todos “ma” possíveis de elogiar seu talento. Cartola, “o poeta das rosas”, que soube transformar as dores de uma vida tão adversa em obras-primas de amor, e nunca em raiva, inconformidade ou desesperação. Viva Cartola! Viva a veia verdadeiramente poética do povo pobre deste imenso e maravilhoso país!!!

Rir é o melhor remédio

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Para não perder o tato

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Há “lejos” ando retirado das rodas e dos papos estritamente partidários. Nem por isso abdiquei ou estou disposto a abdicar da condição de “animal político”, para me servir da surrada definição de Aristóteles. Não é isso. Não creio ou propugno também que tal opção tenha me tornado um ser humano melhor. Não é este o ponto que pretendo chegar e, a bem da verdade, não tenho a pretensão de que meus escritos me façam aportar em algum canto. Sim, existem lances no jogo político de causar asco, mas não é só na disputa política que o “homem é lobo do homem”. Digo isto primeiramente para explicitar que minha opção foi motivada pela conclusão de que era chegada a hora de desfrutar um pouco a vida que existe fora da vida partidária (e aqui falo por mim, pois a maior parte das pessoas consegue militar partidariamente sem se tornar refém ou vassalo de um partido). Digo-o, em segundo lugar, para esclarecer as razões do diálogo, manchado com as cores da disputa mesquinhamente partidária que hei de lhe

Nem só de pão viverá o homem

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A fala e a imagem, comumente, nos tocam mais que a escrita. Por essa razão, o espaço Nem só de pão viverá o homem de hoje, nos chega na forma de imagem e som, na voz amorosa e imortal de Chico Xavier.

Contrariedades, incoerências e avanços

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A Câmara aprovou em sua última sessão ordinária, realizada no dia 12/4, o projeto que estabelece a nova estrutura administrativa e de cargos do Legislativo Municipal. Esta é a boa notícia. A má notícia é que a velha política do apadrinhamento continuará a existir na Casa Legislativa hervalense, visto que a maioria dos vereadores não acatou a proposta de redução do número de cargos ocupados por servidores indicados para prestar serviço às bancadas. Nem mesmo a proposta de reduzir esses cargos para a próxima Legislatura foi aceita. Uma lástima, dirão muitos! O mais lastimável ainda foi observar vereadores tão habituados a apontar o suposto toma lá dá cá alheio, não aceitando de forma nenhuma abrir mão do seu próprio toma lá dá cá. Ou como sugere a passagem bíblica, “eles enxergam o argueiro no olho do vizinho, mas não a trave que está em seu próprio olho”. Contrariedades e incoerências a parte, o fato é que a aprovação do projeto representa um avanço, uma vez que ele além de adequar todo

Música para os meus ouvidos

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Eis que o blog do Toninho lhes apresenta e convida a partilhar mais um espaço. Graças ao convívio com o saudoso amigo Osmar Hences, me tornei um amante da boa música. Amante instintivo e platônico, é verdade, sem maiores conhecimentos ou compromissos. O fato é que “me gusta” e atrai a minha audição, a música que induz ou traduz ética e estética, amor e aversão, arte e arteirice, sepultamento e parto, mundaniedade e alma, embalo e introspecção e verbo, reverso e sonoridade e verso... E para dar início ao momento MÚSICA PARA OS MEUS OUVIDOS, com vocês Maria Gadú:

Pitada filosófica

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O blog do Toninho tem uma pitada de riso, uma pitada de poesia, uma pitada de transcendentalidade, uma pitada de notícias... Creio estar faltando uma pitada de filosofia. Não concordam? Por esse motivo, inauguro um novo espaço neste meu (por que não dizer nosso) cantinho no “mundão virtual”, que será batizado de PITADA FILOSÓFICA. Convido a todos e todas a me acompanharem nesta breve e ao mesmo tempo profunda viagem pelo mundo do pensamento filosófico, viagem nem sempre dirigida pelos filósofos por formação, convicção ou “carteirinha”. Afinal de contas, a arte de filosofar, é uma arte humana que dispensa profissionalismos. Venham comigo, então! E pra iniciar nossa viagem, chamemos o grande Mahtma Ghandi: "A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitoria propriamente dita". "A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável". "A não-violência e a covardia não combinam. Posso imaginar um homem armado até os dente

Rir é o melhor remédio

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Extra-extra!!!

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Acabo de receber a notícia de que ganhei sozinho o prêmio acumulado da Mega Sena. São nada mais, nada menos que R$ 40 milhões. Aos meus colegas de trabalho, digo que 10% desta grana será dividida entre vocês, por aturarem as minhas chatices. Aos meus familiares mais próximos, caberá a divisão de 30% desta bolada. A metade do bolo, é claro, caberá ao meu amado e imortal Grêmio Porto-Alegrense, para por fim a nossa adesão à campanha craque nem pensar... Enquanto eu ficarei com os 10% restantes. Hehehehehehehehehe!!! Quem caiu, caiu; é 1º. de abril!!!!!

Momento poético

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A FLAUTA VÉRTEBRA (Vladimir Maiakóvski) A todos vocês, que eu amei e que eu amo, ícones guardados num coração-caverna, como quem num banquete ergue a taça e celebra, repleto de versos levanto meu crânio. Penso, mais de uma vez: seria melhor talvez pôr-me o ponto final de um balaço. Em todo caso eu hoje vou dar meu concerto de adeus. Memória! Convoca aos salões do cérebro um renque inumerável de amadas. Verte o riso de pupila em pupila, veste a noite de núpcias passadas. De corpo a corpo verta a alegria. esta noite ficará na História. Hoje executarei meus versos na flauta de minhas próprias vértebras. (tradução: Haroldo de Campos e Boris Schnaiderman)